21 de mar. de 2022

'Profeta' e cinco pessoas são presas por morte de bebê Wesley em ritual de seita em Teresina

A Polícia Civil, através da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, deu cumprimento a seis ordens judiciais, três mandados de prisão temporária e três internações provisórias dentro do inquérito que investiga o desaparecimento e morte da criança Wesley Carvalho Ferreira, de 1 ano e 10 meses. 

"Esses mandados judiciais são referentes ao caso da criança desaparecida. Foi representada por essas medidas judiciais, pois são imprescindíveis para a conclusão das investigações. O fundamento para essas prisões são as contradições existentes entre os interrogatórios dos pais da criança desaparecida e também dos avós. Hoje também estamos prorrogando as quatro prisões temporárias feitas há 30 dias atrás, que são dos pais e avós da criança", explicou Matheus Zanatta, gerente de Polícia Especializada do Piauí.

Bebê morto em seita em Teresina
Bebê morto em seita em Teresina    Reprodução

Com isso, três adultos foram presos e três jovens internados, entre os quais um "falso profeta" que teria dado início ao caso. Após uma suposta visão que o rapaz teve, a família de Wesley passou a segui-lo em suas orientações sobre jejuns, rezas, incluindo deixar a criança também passando fome.

Veja no vídeo abaixo:

Início do caso

O caso veio à tona quando a tia da criança, Socorro Ferreira, decidiu visitar a irmã Ângela no sentido de levá-la junto com o sobrinho para ver a avó do garoto, que se queixava de saudades do neto. Contudo, chegando ao povoado Santa Teresa, na zona rural do município de Altos, a mulher não encontrou a irmã em casa. Ela havia se mudado para a Vila Uruguai.

Socorro então conseguiu o novo endereço e lá chegando foi que soube que Wesley estava sumido. Ângela contou à irmã a história do sequestro e disse que não prestou queixa na delegacia porque estaria sendo ameaçada pelos supostos sequestradores.

Dessa forma, Socorro tomou iniciativa e formalizou a denúncia, já mais de 40 dias após o sumiço da criança. Com a Polícia Civil investigando o caso, delegados passaram a considerar a possibilidade de homicídio com ocultação de cadáver.

Boletim de Ocorrência após 42 dias

A criança está desaparecida desde o último 29 de dezembro de 2021, porém, o caso só chegou ao conhecimento das autoridades policiais em 9 de fevereiro e passou a ser divulgado na imprensa piauiense por volta do dia 15 deste mês.

Inicialmente o crime foi divulgado como desaparecimento e sequestro da criança, uma vez que a mãe do bebê, Ângela Valéria Ferreiro, teria relatado que Wesley foi sequestrado por bandidos armados e encapuzados na Praça da Bandeira, Centro da capital, quando estava ela, o bebê e seu marido estavam sentados em um banco da praça.

A partir de então, a Polícia Civil, através da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), deu início às investigações sobre o caso. Diligências foram realizadas no sentido de localizar o corpo da criança ou os supostos bandidos.

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