A Polícia Civil, através da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, deu cumprimento a seis ordens judiciais, três mandados de prisão temporária e três internações provisórias dentro do inquérito que investiga o desaparecimento e morte da criança Wesley Carvalho Ferreira, de 1 ano e 10 meses.
"Esses mandados judiciais são referentes ao caso da criança desaparecida. Foi representada por essas medidas judiciais, pois são imprescindíveis para a conclusão das investigações. O fundamento para essas prisões são as contradições existentes entre os interrogatórios dos pais da criança desaparecida e também dos avós. Hoje também estamos prorrogando as quatro prisões temporárias feitas há 30 dias atrás, que são dos pais e avós da criança", explicou Matheus Zanatta, gerente de Polícia Especializada do Piauí.
Com isso, três adultos foram presos e três jovens internados, entre os quais um "falso profeta" que teria dado início ao caso. Após uma suposta visão que o rapaz teve, a família de Wesley passou a segui-lo em suas orientações sobre jejuns, rezas, incluindo deixar a criança também passando fome.
Veja no vídeo abaixo:
Início do caso
O caso veio à tona quando a tia da criança, Socorro Ferreira, decidiu visitar a irmã Ângela no sentido de levá-la junto com o sobrinho para ver a avó do garoto, que se queixava de saudades do neto. Contudo, chegando ao povoado Santa Teresa, na zona rural do município de Altos, a mulher não encontrou a irmã em casa. Ela havia se mudado para a Vila Uruguai.
Socorro então conseguiu o novo endereço e lá chegando foi que soube que Wesley estava sumido. Ângela contou à irmã a história do sequestro e disse que não prestou queixa na delegacia porque estaria sendo ameaçada pelos supostos sequestradores.
Dessa forma, Socorro tomou iniciativa e formalizou a denúncia, já mais de 40 dias após o sumiço da criança. Com a Polícia Civil investigando o caso, delegados passaram a considerar a possibilidade de homicídio com ocultação de cadáver.
Boletim de Ocorrência após 42 dias
A criança está desaparecida desde o último 29 de dezembro de 2021, porém, o caso só chegou ao conhecimento das autoridades policiais em 9 de fevereiro e passou a ser divulgado na imprensa piauiense por volta do dia 15 deste mês.
Inicialmente o crime foi divulgado como desaparecimento e sequestro da criança, uma vez que a mãe do bebê, Ângela Valéria Ferreiro, teria relatado que Wesley foi sequestrado por bandidos armados e encapuzados na Praça da Bandeira, Centro da capital, quando estava ela, o bebê e seu marido estavam sentados em um banco da praça.
A partir de então, a Polícia Civil, através da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), deu início às investigações sobre o caso. Diligências foram realizadas no sentido de localizar o corpo da criança ou os supostos bandidos.
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