A Polícia Federal (PF) encerrou o inquérito sobre suposto vazamento de dados sigilosos da corporação sem indiciar o presidente Jair Bolsonaro e o deputado Filipe Barros (PSL-PR).
Em relatório encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a delegada Denisse Ribeiro Dias, considerou a existência do crime de divulgação de segredo, mas não pediu o indiciamento em função do foro privilegiado que o parlamentar e o presidente possuem.
A defesa de Bolsonaro está convencida de que o suposto vazamento foi anterior à fala do presidente, quando detalhes do inquérito já circulavam nas redes sociais.
A PF informou ao STF que encerrou sua participação no caso e entrega suas conclusões ao ministro Alexandre de Moraes, que é o responsável pelo inquérito na Suprema Corte.
“Considerando os elementos de interesse coligidos, que apontam a autoria, a materialidade e as circunstâncias da divulgação, de conteúdo de inquérito policial por funcionários públicos (presidente da República, ajudante de ordem e deputado federal), na live do dia 4 de agosto de 2021 e sua publicização por diversos meios, com o nítido desvio de finalidade e com o propósito de utilizá-lo como lastro para difusão de informações sabidamente falsas, com repercussões danosas para a administração pública, dá-se por encerrado o trabalho da Polícia Judiciária da União”, diz relatório.
Esse caso foi usado por Moraes para impor humilhação pública no presidente da República, determinando que prestasse depoimento na polícia.
Como era esperado, aparentemente até pelo próprio ministro do STF, Bolsonaro não compareceu ao depoimento. Minutos depois da hora marcada para o depoimento, Alexandre de Moraes divulgou mais uma decisão sobre o caso.
Fonte: Diário do Poder
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