O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reduziu o intervalo para a dose de reforço contra a Covid-19. Agora, todos os adultos podem tomar o reforço a partir de quatro meses após a segunda dose. Antes, o intervalo era de cinco meses.
De acordo com o ministro, a decisão foi tomada para ampliar a proteção contra a variante Ômicron. "A dose de reforço é fundamental para frear o avanço de novas variantes e reduzir hospitalizações e óbitos, em especial em grupos de risco", disse.
O ministro afirmou que na próxima segunda-feira (20) será publicada uma portaria com a modificação do intervalo. Além disso, Queiroga recomendou que a população se atualize sobre o calendário de cada muciípio.
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Saúde só vai decidir sobre vacinação de crianças em janeiro, diz Queiroga
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o governo só divulgará uma posição oficial sobre a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos contra a Covid no próximo dia 5 de janeiro – daqui a quase três semanas.
De acordo com Queiroga, haverá uma audiência pública, no dia 4 de janeiro no Ministério da Saúde, que servirá de base para a decisão final da pasta.
"Até o dia 5 de janeiro é um tempo absolutamente adequado para que as autoridades possam analisar a decisão da Anvisa em todas as suas nuances, inclusive em relação à aplicação dessas vacinas", afirmou Queiroga a jornalistas.
Na quinta (16), a Anvisa autorizou o uso do imunizante da Pfizer nas crianças dessa faixa etária. A vacina a ser aplicada terá uma formulação ligeiramente diferente da versão para adultos e, por isso, ainda não há doses disponíveis no Brasil para esse público-alvo.
A Pfizer informou nesta sexta (17) que ainda não é possível determinar a data de entrega de doses pediátricas da sua vacina contra a Covid-19 ao Brasil. Em nota, a farmacêutica disse que está fazendo "todos os esforços para que as doses cheguem ao país o mais rapidamente possível".
Também nesta sexta, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski deu ao governo federal um prazo de 48 horas para se manifestar sobre a inclusão dessa faixa etária no plano de vacinação.
A ação protocolada no STF tem o objetivo de obrigar o governo a criar um cronograma de vacinação infantil antes da volta às aulas, além de definir um dia nacional de vacinação ou fixar datas para mutirões de imunização.
Autorização da Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou na última quinta-feira (16) a aplicação da vacina da Pfizer contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos.
Neste sábado, o ministro Queiroga afirmou que a autorização da Anvisa para vacinação dessa faixa etária não é suficiente para iniciar a vacinação.
"Não é suficiente porque você olha todas as políticas públicas que estão aqui no Ministério da Saúde e verifica todas as autorizações que a Anvisa fez em relação a medicamentos, a dispositivos médicos. Basta só ver o que tem autorizado pela Anvisa e o que tá incorporado no SUS. São avaliações distintas", afirmou ele.
Segundo Queiroga, é preciso "verificar a decisão da Anvisa na suas minúcias".
Na noite de quinta, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, já tinha rebatido as afirmações de Queiroga sobre uma necessidade de "reanálise" do tema.
"Não trata-se apenas de uma decisão dos comitês técnicos da agência com seus mais de 20 anos de experiência. (...) As sociedades médicas (também) nos deram a segurança para promulgar a decisão que fizemos com base técnica, nada de política, nada de outras influências", declarou Barra Torres.
"E o que esperamos agora é uma análise o mais rápida possível (por parte do ministério). Eu tenho certeza que o senhor ministro de estado, ao contatar essas entidades, terá logicamente os mesmos pareceres que nós tivemos e hoje foram colocados em público", prosseguiu.
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