Cerca de 90 mil estudantes, em mais de 600 escolas estaduais no Piauí, retornam às salas de aula de forma presencial nesta quarta-feira (03), Nesta terceira etapa, retornam os alunos do 1º, 2º, 3º, 4º, 6º, 7º e 8º ano do ensino fundamental e da 1ª e 2ª série do ensino médio.
O retorno segue um cronograma estabelecido pela Secretaria Estadual de Educação do Piauí (Seduc), que determinou, através de portaria, a volta presencial em meados de outubro.
Os primeiros estudantes que retornaram às salas de aula foram os da 3ª série do Ensino Médio, no dia 18 de outubro. O segundo grupo a retornar de forma presencial foram os estudantes do 5º e 9º ano do ensino fundamental, que retornaram no dia 25 de outubro.
E neste terceiro momento é a vez dos alunos do 1º, 2º, 3º, 4º, 6º, 7º, 8º anos do ensino fundamental e 1ª e 2ª séries do Ensino Médio. "Completamos o retorno total com a volta das demais séries. O momento é propício para o retorno ao chão da escola, com o controle da pandemia, e o avançado índice de vacinação no estado", destacou a Seduc.
A Secretaria Estadual frisou ainda que é o retorno é essencial porque a educação precisa aproveitar os últimos meses de 2021 para finalizar o calendário escolar.
NÃO É O MOMENTO CERTO, DIZ SINTE-PI
Quem discorda da decisão da Seduc é o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado do Piauí (Sinte-PI). Segundo informou a presidente da entidade sindical, Paulina Almeida, ao Cidadeverde.com esse não é o momento certo para o retorno presencial.
"Nossa avaliação continua a mesma. Não consideramos esse momento certo para retornar. O Governo do Estado ainda não se organizou para melhorar as estruturas das escolas. A recomendação do Sinte é que o conselho de classe de cada unidade possa fazer essa avaliação e levar para a Seduc. Para que a pasta realmente saiba se a escola pode retornar de forma presencial", frisou à nossa reportagem Paulina Almeida.
A entidade sindical pontuou também que não sabe por boca de terceiros, sem dados oficiais, que alguns professores foram afastados do trabalho nesse retorno presencial por conta de sintomas gripais. "Mas a gente solicita esses dados da Seduc e da Secretaria de Saúde e nenhum desses órgãos passa as informações para a gente", concluiu Paulina Almeida.
QUEM NÃO É OBRIGADO A RETORNAR
A volta presencial às aulas só não será obrigatória aos estudantes que apresentarem um pedido formal que, após análise das escolas, tenha autorização para continuar em atividade remota.
"As superintendências de ensino e as gerências regionais irão acompanhar de perto o retorno, principalmente aquelas escolas e estudantes que não conseguirem voltar. Nosso objetivo é garantir o direito à educação, garantir a permanência dos estudantes na escola e garantir aprendizagem de todos os estudantes da rede", reforçou o secretário.
Para garantir a segurança e a ampliação do retorno às aulas presenciais, todos os protocolos sanitários, como uso obrigatório de máscara, distanciamento de 1,5 metro entre as pessoas, higienização frequente das mãos e outras medidas exigidas pelos protocolos emitidos pelo Comitê Técnico do Centro de Operações Emergenciais em Saúde Pública (COE) serão mantidos.
Nataniel Lima
redacao@cidadeverde.com
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