Um tubarão-martelo chamou a atenção de banhistas que estavam na praia de Maria Farinha, em Paulista, no Grande Recife, neste sábado (21). Esse tipo de animal é protegido por lei por correr risco de extinção. O bicho foi levado para a areia por pescadores, segundo testemunhas.
"São várias espécies de tubarão-martelo e todas estão em risco de extinção. Todos estão protegidos, não podem ser capturados, mas tem pescador que não sabe disso", explicou o engenheiro de pesca e especialista em tubarões, Leonardo Veras.
A portaria 445 de 2014 do Ministério do Meio Ambiente traz o tubarão-martelo como uma das espécies cuja pesca é proibida, bem como a comercialização.
As pessoas que estavam na praia contaram que os pescadores chegaram até a areia com o bicho amarrado, aparentemente já morto. Não havia informação sobre se ele foi encontrado sem vida ou pescado no mar, o que é infração ambiental.
O auditor Renato Lima estava com parentes na praia de Maria Farinha, quando notou uma aglomeração de pessoas perto da água.
"Quando eu vi, era um tubarão-martelo que já estava morto. Os pescadores estavam trazendo do fundo do mar, com ele agarrado na rede, e colocara na areia lá. Eu cheguei, fiz os registros e coloquei nas redes sociais", contou.
Comerciantes da região também confirmaram, pelo telefone, que o bicho foi pego em alto-mar e um grupo de pescadores "limpou" o tubarão na areia, o que atraiu curiosos.
O tubarão-martelo é uma espécie potencialmente pouco agressiva e não há registro de incidentes com mortes relacionados a ele, segundo Leonardo Veras.
Homem foi fotografado sentado em cima de tubarão-martelo neste sábado.
"É uma espécie que é conhecida porque costuma perseguir caçador submarino, não por causa do pescador, mas por causa da isca, principalmente lagosta. Aí, eles acabam 'assediando' o pescador em busca dessa lagosta", detalhou o especialista.
O G1 tentou falar com a Colônia de Pescadores de Paulista para saber se as pessoas envolvidas na captura são ligadas à colônia, mas não conseguiu contato.
A reportagem também entrou em contato com a prefeitura de Paulista, que informou que estava apurando o caso, e solicitou posicionamento da Secretaria de Meio Ambiente e da Agência de Meio Ambiente do estado.
Fonte: G1/PE
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