20 de ago. de 2021

MPF cobra explicações do Governo Federal sobre déficit de vacinas no Piauí


Ministério Público Federal (MPF), através do procurador regional dos Direitos do Cidadão no Piauí, Kelston Pinheiro Lages, encaminhou ofício nesta quarta-feira (18) ao Ministério da Saúde, pedindo esclarecimentos a respeito da logística utilizada no envio de vacinas contra covid-19 para o estado do Piauí e quais providências estão sendo adotadas para que o estado receba a quantidade proporcional à sua população, com a compensação de um possível déficit.

O ofício foi encaminhado ao secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Otávio Moreira da Cruz. Em entrevista ao GP1, o procurador Kelston Lages explicou que aguarda as informações do Governo Federal para que a situação seja sanada o mais rápido possível.

“Foi encaminhado [o ofício] na data de ontem, cobrando essas providências e esclarecimentos dessas distorções que estão havendo e quais providências estão sendo tomadas para sanar a situação. Oficiamos o secretário do estado e do município para também esclarecer essas fatos”, declarou.

Kelston Lages informou que o MPF também está oficiando o Ministério da Saúde em outros estados onde foi constatado déficit de vacinas. “O Ceará já está tomando as providências e em alguns estados do Nordeste. A gente precisa de uma posição oficial do Governo Federal, pela imprensa a gente tem acompanhado que eles estão reconhecendo essa falha com esses estados e corrigindo, mas a gente tem que formalizar tudo isso”, afirmou.

Déficit nos estados

Após levantamento, o MPF constatou que os 10 estados brasileiros que menos receberam imunizantes proporcionais à sua população foram das regiões Norte e Nordeste, segundo dados do Ministério da Saúde contabilizados até 29 de julho de 2021.

De acordo com o MPF, as informações indicam que os critérios adotados pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações) para a distribuição das vacinas levaram os estados do Norte e do Nordeste a receberem menos imunizantes em relação ao tamanho de suas populações, o que os deixou para trás no percentual de pessoas vacinadas até o momento.

O órgão ministerial constatou que os 10 estados menos beneficiados na distribuição são Bahia (72,57%), Sergipe (72,53%), Pernambuco (72,40%), Alagoas (72,40%), Piauí (71,63%), Ceará (71,22%), Tocantins (68,85%), Rondônia (65,77%), Pará (65,19%) e Amapá (63,27%).

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