17 de jul. de 2021

Ciro Nogueira nega que suposto caso de “traição” amorosa tenha ajudado em contrato suspeito

 

_Senador Ciro Nogueira. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
_Senador Ciro Nogueira. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado 

EM NOME DA AMIZADE O PERDÃO

Uma publicação da revista Crusoé, matéria de capa, com manchete o “Centrão e o Sexo dos Anjos”, traz em meio à reportagem que há suspeitas de que até uma suposta traição que teve como pivô o senador Ciro Nogueira teria contribuído para turbinar um contrato suspeito entre o Ministério da Saúde e a empresa VTCLog, responsável pelo transporte de vacinas contra a Covid-19 no Brasil. A reportagem informa também que teria chegado à CPI da Pandemia uma nova denúncia envolvendo a VTCLog que sustenta ter existido pressão política para também turbinar o contrato de transportes do imunizante. Ciro chama o caso de “horrenda mentira”. 

Segundo a publicação, as denúncias que a CPI tomou conhecimento são de que a “pressão” envolvendo o contrato da VTCLog ocorreu porque o então ministro da Saúde Eduardo Pazuello não queria atender aos pedidos de reajuste feitos pela empresa e estava ameaçando romper o contrato. 

A partir daí inicia-se uma sucessão de supostos fatos, incluindo as consequências da suposta traição amorosa, segundo a Crusoé.

Isso porque, diz a revista, Carlos Alberto de Sá, o dono da VTCLog, teria pedido ajuda de um amigo chamado Flávio Loureiro de Souza [Flavinho, um empresário que atua, também, do ramo de depilação] - que seria próximo de Ciro Nogueira, do também senador Flávio Bolsonaro e do presidente da Câmara Arthur Lira - para solucionar o impasse no Ministério da Saúde.

Ainda segundo a publicação, a VTCLog chegou a ter os repasses suspensos, mas o que se viu ao final foi uma proposta 18 vezes maior do que o recomendado por técnicos da Saúde. 

A pedido da CPI a Polícia Federal foi incumbida de levantar informações sobre as empresas de Flavinho. Há suspeitas de um esquema para lavar dinheiro da Saúde e beneficiar, também, políticos do centrão.

A revista então afirma que Flavinho chegou a dizer à publicação que conhece os políticos cujos nomes foram declinados e que no caso de Ciro Nogueira teria inclusive perdoado, em nome da amizade com o senador da República pelo Piauí, uma traição de sua própria mulher com o político. Mas negou qualquer irregularidade. 

A matéria da revista traz também que chegou à CPI informação de que esse escândalo só não foi “detonado” porque Ciro Nogueira, pressionado, teria atuado para que o Ministério da Saúde assinasse o contrato majorado com a VTCLog.

Flavinho também nega o uso desse suposto caso amoroso para obtenção de um plus no contrato com a pasta da Saúde.

O QUE DISSE CIRO À REVISTA

A Crusoé informou que o senador Ciro Nogueira classificou o caso de horrenda mentira e que o político irá processar os envolvidos por crimes como calúnia, falso testemunho e até propagação de fake news.

 Por Rômulo Rocha - Do Blog Bastidores


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