A Conmebol realizou neste sábado uma reunião que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro. Participaram integrantes do conselho da Confederação sul-americana, entre eles o mandatário da CBF, Rogério Caboclo. O encontro não foi considerado uma excepcionalidade, uma vez que é normal que os dirigentes se reúnam às vésperas de uma competição como a Copa América.
A reunião foi realizada por meio de teleconferência e durou pouco tempo. Novamente, o chefe do executivo brasileiro manifestou seu apoio à realização do evento no País. No entanto, há certo temor e desconfiança, principalmente com os indicativos dados pelo elenco da seleção brasileira sobre a contrariedade à celebração da Copa América. Integrantes de outras seleções também se mostram descontentes. Mas a preocupação maior se dá sobre o Brasil. O tema foi trazido ao encontro, buscando entender os motivos da insatisfação dos atletas e discutir os próximos passos.
O clima da reunião deste sábado não foi de total tranquilidade sobre a organização do evento. Porém, entende-se que é impossível mudar o local da Copa América novamente. Um novo encontro deve ocorrer neste domingo, contudo não há certeza sobre sua realização. Dessa vez, Bolsonaro não deve estar presente, devendo se limitar à participação dos presidentes das federações nacionais.
Não foi discutida a possibilidade de punição à seleção brasileira em caso de boicote de seus jogadores à competição. No entanto, admite-se que, caso se concretize alguma ação mais efetiva nesse sentido, o tema poderá voltar a ser discutido e avaliado futuramente. Sobre a situação do presidente Rogério Caboclo, fontes ouvidas junto à Conmebol negam que haja pressão da entidade para que ele deixe o cargo. Caboclo enfrenta grave crise política, associada a uma denúncia de assédio moral e sexual por parte de uma funcionária da CBF.
O clima entre jogadores e comissão técnica da seleção brasileira com o dirigente da entidade não é bom. Os atletas não gostaram de terem sido deixados fora da discussão sobre a vinda da Copa América para o Brasil. Rogério Caboclo tentou minimizar o desgaste, mas suas ações não repercutiram positivamente entre os jogadores. O elenco prepara um manifesto contra a realização da Copa América e devem divulgá-lo após o jogo diante do Paraguai, em Assunção, pelas Eliminatórias.
A Copa América tem início agendado para 13 de junho. Em Brasília, no estádio Mané Garrincha, às 18h, a seleção brasileira enfrenta a Venezuela, pelo Grupo B. No mesmo dia, às 21h, Colômbia e Equador duelarão na Arena Pantanal, em Cuiabá. Em 14 de junho, será a vez da Argentina começar sua jornada na competição, enfrentando o Chile, no Engenhão, às 18h. Mais tarde, às 21h, Paraguai e Bolívia jogam em Goiânia. A final do torneio está marcada para 10 de julho, no Maracanã.
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