24 de mai. de 2021

Vacinas da Pfizer e AstraZeneca têm eficácia contra variante indiana


A aplicação de duas doses das vacinas da Pfizer/BioNTech e da Oxford/AstraZeneca contra a covid-19 se mostrou eficaz na proteção contra a variante B.1.617, identificada inicialmente na Índia. Um estudo realizado pelo departamento de Saúde Pública da Inglaterra e divulgado no sábado, 22, apontou ainda que os dois imunizantes protegem também contra a B.1.1.7, do Reino Unido.

De acordo com o estudo, a vacina da Pfizer/BioNTech se mostrou 88% eficaz contra quadros sintomáticos da variante B.1.617.2, duas semanas após a aplicação da segunda dose. Contra a variante B.1.1.7, a mais predominante na Inglaterra, o imunizante apresentou uma taxa de 93%.

Já a vacina da Universidade de Oxford/AstraZeneca apontou 60% de eficácia contra quadros sintomáticos do coronavírus, também após a segunda dose. Em relação à variante britânica, a proteção é de 66%.

Ainda de acordo com o governo britânico, apenas a primeira dose de ambas as vacinas já apresenta eficácia de 33% contra quadros sintomáticos da variante indiana, após três semanas da aplicação, e de 50% contra a britânica.

"Estou cada vez mais confiante de que estamos no caminho certo, porque esses dados mostram que a vacina, após duas doses, funciona com a mesma eficácia (contra a variante indiana)", disse o secretário de Saúde britânico Matt Hancock, durante coletiva de imprensa.

Pelos planos do governo britânico, a Inglaterra deve retirar as restrições vigentes contra o coronavírus no próximo dia 21. Dados publicados no sábado mostram que o país sofreu um aumento de 10,5% nos casos confirmados durante a última semana, após a chegada da cepa B.1.617.

Preocupações sobre o aumento de casos registrados na Inglaterra pela nova variante fizeram com que a Alemanha declarasse na última sexta-feira, 21, que qualquer viajante chegando ao país pelo Reino Unido teria que se submeter a uma quarentena de 14 dias. Na mesma data, o instituto alemão de saúde pública afirmou que as vacinas contra a covid-19 existentes seriam “menos eficazes” em relação à variante B.1.617.

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