O governador Wellington Dias (PT), informou, na noite deste sábado (03), que vai prorrogar o decreto com medidas restritivas a partir de segunda-feira (05) até o domingo (11). O decreto que está em vigor tem validade até este domingo (4).
A orientação do COE é manter as medidas restritivas e até ampliá-las, uma vez que os casos e óbitos seguem em alta no Estado. As medidas dos últimos dias resultaram numa porcentagem maior de isolamento social, cerca de 60%, mas não alcançaram o resultado esperado. A redução do índice transmissibilidade está baixa e a procura por leitos de UTI segue alta.
De acordo com W. Dias, o decreto será baseado no decreto da semana anterior. Ficam mantidas as restrições com toque de recolher das 21h às 5h da manhã de segunda a quinta. O comércio funcionará até às 17h e os shopping centers de 12h às 20h.
Já os bares, restaurantes e supermercados poderão funcionar até 20h. Dias também pretende antecipar mais um feriado para a próxima sexta-feira.
"Concluímos agora a reunião do Comitê Covid-19 Ampliado e resolvemos adotar medidas com base no que foi na semana anterior, ou seja, não temos mais os artifícios dos feriados, exceto um feriado, que a gente deve adotar, sendo possível, para a próxima sexta-feira", disse.
O governador pediu ainda, que as pessoas possam ajudar, em cada município, as equipes de saúde.
"O que eu peço, é para que as pessoas possam, em cada município, ajudar as equipes da Atenção Básica, que a gente possa contribuir com as equipes da vacinação, para que possamos evitar a transmissibilidade, o adoecimento, e sair desse colapso".
Dias disse ainda que houve uma redução na ocupação de leitos clínicos, mas que ainda existem filas, principalmente em leitos de UTI.
"Nós temos sinais de redução em leitos clínicos, mas ainda com filas e filas principalmente em leitos de UTI, por isso, é cada um fazer a sua parte para que a gente possa salvar vidas", concluiu.
Segundo o coordenador do COE, o médico José Noronha, um Estado que está com o sistema de saúde colapsado não pode abrir mão de medidas de contenção. “Os dados colhidos pela Secretaria de Saúde, Fiocruz e Universidade Federal mostram que a média móvel de novos casos aumentou 35%, que há aumento da procura por leitos de UTI, que a fila de espera para leitos de UTI tem uma tendência a aumentar. De 1 a 30 de março o Piauí teve 750 óbitos, um número alto comparado com os meses anteriores. É fato que o sistema está colapsado e precisamos seguir e ampliar as medidas”, afirmou.
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