23 de abr. de 2021

LEITOR: MARKETING DOS ANOS 90 E A LEI DO SILÊNCIO


Lembram quando os carros de venda de gás passavam durante o dia batendo o sino, e depois trocaram por autofalantes colocando seus jingles? Eles se atualizaram na forma de vender seus produtos e serviços e sem dúvida hoje estão ganhando muito mais através do pedido por ligação.

Os meios de comunicação estão se inovando constantemente, não faz sentido carros com propaganda abusando pelas ruas da cidade, causando transtornos com poluição sonora, atrapalhando quem precisa trabalhar, descansar, bem como doentes, crianças que querem dormir, trabalhadores que precisam dormir durante o dia, pois trabalham à noite.

Nos últimos 30 anos, o centro da cidade vem se tornando cada vez mais comercial: são clínicas, laboratórios, consultórios, escritórios, escolas, lojistas, onde se tem aumentado o número de veículos e que trazem mais ruídos (escapes adulterados, buzina, alarmes, batida de porta, pai chamando o filho com buzina, carga e descarga de mercadoria, vans buzinando e gritando por passageiro, lojista com suas caixas musicais e locuções, dentre outras inúmeras onomatopeias).

A Lei Municipal n° 2.811/2013 trata sobre ruídos, sons, vibrações, níveis de decibéis e horários em Parnaíba. O MPPI já lançou campanha de combate à poluição sonora (Abaixa o som) com canal de denúncia. Pergunto: Está existindo medição e fiscalização de vigilância ambiental, ou em Parnaíba tem que denunciar para só então funcionar?

É notório que a Lei municipal já melhorou em sua execução citando como exemplo eventos próximos ao centro da cidade à noite, bem como uso indevido de paredões em outros bairros da cidade.

Agora, imagine você viver com os ruídos diários e ainda passar anuncio X, em seguida passa outro anunciando Y, e volta com X e Y com níveis diferentes de decibéis e vibrando a residência/local de trabalho? Quando é inauguração e promoção, dobram-se as repetições!

Sem dúvida não sou o primeiro e tampouco o último a enviar esta situação. No entanto, precisa ser sempre olhada a execução da fiscalização municipal ou outro órgão fiscalizador referente a poluição sonora.

O desabafo quanto ao marketing sonoro no centro não é ser contra os empresários e jamais aos trabalhadores veiculares de propaganda, todos têm que trabalhar, todos têm seus compromissos, todos têm espaço, mas, mais ainda, todos têm deveres.

Grato pelo espaço, atenção e respeito de sempre!

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