O município de Parnaíba, no litoral do Piauí, registrou no último domingo (07) o quarto caso de afogamento em um período de 15 dias. O Corpo de Bombeiros retirou do leito do rio Iguaraçu o corpo de um homem, que não teve a identidade revelada, que já estava em estágio de decomposição.
O caso chamou atenção e levantou suspeitas pelo fato do local onde o corpo foi encontrado não ser uma área comumente utilizada para banho e lazer.
De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros em Parnaíba, major Rivelino Moura, outros dois, dos quatro casos de afogamento registrados nos últimos dias, também foram em áreas do rio Iguaraçu que não são utilizadas para banho. Nas duas ocasiões, os corpos também foram encontrados em estado de decomposição.
"Infelizmente, os afogamentos não são em locais de banho, concentração de público, com exceção de um que ocorreu no Delta, os demais foram em locais ermos, sem muitas pessoas nas proximidades. Os três corpos foram encontrados em avançado estágio de decomposição. Os dois últimos, por exemplo, os dados de identificação não batiam com a referências
O comandante do Corpo de Bombeiros em Parnaíba informou que já comunicou a situação para a Polícia Civil e solicitou uma apuração mais detalhada das ocorrências. "É uma situação no mínimo estranha. A Polícia Civil é que realmente vai dar uma indicação e apontar se de fato houve crime", destacou o comandante do Corpo de Bombeiros.
Procurado pelo Cidadeverde.com, o delegado Rodrigo Luna, titular da Delegacia Regional de Parnaíba, informou que a Polícia Civil ainda não foi comunicada oficialmente sobre a situação relatada pelo Corpo de Bombeiros.
Ele destaca que em todos os casos de afogamento os corpos passam por uma perícia realizada pelo Instituto de Medicina Legal, que aponta a causa da morte. Uma eventual investigação só é aberta caso indícios de crime sejam identificados.
"O que está sendo feito é a perícia. Para ter uma investigação tem que ter um elemento, tem que ter alguma suspeita, indício, alguma coisa que indique que possivelmente é crime. Afogamento, por si só, não é crime. A primeira coisa que acontece numa morte dessa é a perícia. Se a perícia constatar que se tratou apenas de uma afogamento acidental não há investigação", explicou o delegado.
Natanael Souza
redacao@cidadeverde.com
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