O Piauí registrou o seu primeiro caso de Febre do Nilo Ocidental em cavalos. O caso foi confirmado neste mês de janeiro após a análise das amostras coletadas em um animal que morreu em agosto do ano passado, em Parnaíba, no litoral do Estado.
O material foi analisado pelo laboratório de veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que também confirmou casos em equinos nos estados de São Paulo e Minas Gerais.
O Cidadeverde.com apurou que na próxima terça-feira, dia 19, um grupo de vigilância formado por pesquisadores, médicos e médicos veterinários deve se reunir para discutir e analisar o resultado apresentado nas análises. O encontro vai contar com a presença de representantes da Secretaria de Saúde, da Agência de Defesa Agropecuária e das secretarias municipais de Saúde, além de professores da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Durante a reunião, vão ser discutidas estratégias para evitar o avanço da doença no Piauí.
Antes da confirmação no Piauí, já existiam casos de febre do Nilo em equinos nos estados do Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo.
Febre do Nilo no Piauí
O Piauí foi o primeiro estado a registrar casos de febre do Nilo em humanos. Já são 10 casos. O primeiro foi em um paciente residente no município de Aroeiras do Itaim, em 2014. Também já foram registrados casos da doença em Picos (2017), Piripiri (2017), Teresina (2018,2019,2020) Amarante (2018), Lagoa Alegre (2019) e Água Branca(2019).
O caso mais recente da doença em humanos também foi registrado em Parnaíba, em novembro do ano passado, e não possui vinculação direta com o caso confirmado no cavalo, a não ser o fato de serem da mesma cidade.
A Doença
A Febre do Nilo Ocidental é uma doença causada pelo Vírus do Nilo Ocidental (VNO), cuja transmissão aos seres humanos ocorre principalmente através da picada de mosquitos do gênero Culex (muriçoca, pernilongo comum). O mosquito Aedes albopictus também é considerado um vetor potencial.
A transmissão é feita através dos mosquitos, que um vez infectados com o vírus acabam picando e contaminando animais como equinos, aves e seres humanos. Os animais são hospedeiros da doença contaminando assim outros mosquitos.
Os principais sintomas são a febre alta, dores de cabeça. Doença de notificação compulsória imediata (em até 24h) em todo o território nacional, desde 2006, a Febre do Nilo afeta o sistema neorólogico e manifesta-se na forma de encefalite, paralisia flácida aguda ou meningite asséptica, podendo levar à morte em 10% dos casos ou deixar sequelas neurológicas em significativa proporção dos sobreviventes.
Fonte: Cidadeverde
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