O presidente Jair Bolsonaro sinalizou um alinhamento com o presidente americano, Donald Trump, que adotou um discurso de que o processo eleitoral nos Estados Unidos foi fraudado, e voltou a defender a adoção do voto impresso nas eleições presidenciais de 2022 no Brasil. Em ocasiões anteriores, o chefe do Planalto questionou o resultado de disputas no País.
Candidato à reeleição, Trump apresentou por meio de sua equipe de campanha ações judiciais em quatro Estados decisivos - Geórgia, Michigan, Pensilvânia e Wisconsin - para questionar resultado final da disputa eleitoral deste ano."Esperamos ano que vem mergulhar na Câmara e no Senado para que o sistema eleitoral seja confiável em 2022", disse Bolsonaro durante transmissão ao vivo nas redes sociais, citando uma Proposta de Emenda à Constituição apresentada pela deputada Bia Kicis (PSL-DF) que exige a impressão de cédulas em papel na realização de eleições no País.
Sem citar os Estados Unidos, Bolsonaro afirmou que é preciso observar o que acontece em outros países para mudar o sistema eleitoral no Brasil. "(Vamos) ver o que acontece em outros países e buscar um sistema eleitoral que seja confiável por ocasião das eleições", declarou o chefe do Planalto.
No dia 15 de setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que é inconstitucional a adoção do voto impresso, ao concluir que a medida viola o sigilo e a liberdade do voto. O voto impresso era uma das exigências previstas na minirreforma eleitoral, sancionada com vetos, em 2015, pela presidente cassada Dilma Rousseff (PT). Em novembro daquele ano, o Congresso derrubou o veto de Dilma ao voto impresso – ao todo, 368 deputados e 56 senadores votaram a favor da impressão, proposta apresentada pelo então deputado federal Jair Bolsonaro.
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