Estava escrito: mais dia menos dia, o vice Hamilton Mourão, espécie de comentarista do cotidiano, seria desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro.
O chefe de governo definiu como “opinião pessoal” uma declaração do vice sobre os cumprimentos devidos ao presidente eleito dos EUA.
Bolsonaro disse até que mal vê Mourão, tampouco conversa com ele, o que é verdade: os encontros entre os dois têm sido públicos, em eventos esporádicos, a juízo do Cerimonial do Palácio do Planalto. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
A “sapatada” serviu para demonstrar, mais uma vez, que não passa de fantasia qualquer “tutela” do generalato. Quem manda é Bolsonaro.
A cada entrevista que concede, e são diárias, Mourão se afasta mais do núcleo do poder e principalmente da chapa de reeleição, em 2022.
Bolsonaro não gosta do fato de as opiniões de Mourão darem impressão de que há uma reserva de bom senso no governo, apesar do presidente.
Para o núcleo duro do poder, no Planalto, “quem fala demais dá bom dia a cavalo”, ironia que se refere à maior paixão de Mourão: o hipismo.
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