Nada mais conveniente para as forças do governo do que este decreto publicado pelo governador Wellington Dias no Diário Oficial do Estado e que decreta um novo lockdown (devidamente disfarçado de emergência) no Piauí. Uma emergência mais do que conveniente. Um apagão moral, diga-se de passagem.
Governador surpreende com lockdown a dois dias do pleito depois de toda a campanha sem limitações (Foto/Cidadeverde)
Há várias semanas que o estado vem apresentando alta no número de casos e mesmo recebendo relatórios permanentes da área de saúde o governador simplesmente negligenciou qualquer providência antes do momento atual.
Em campanhas passadas houve denúncias de que elementos públicos, inclusive de forças policiais, foram utilizados para intimidação de políticos adversários por meio de denúncias infundadas ou simplesmente vazias. Um ex-procurador chegou a ser preso com alta soma em dinheiro no seu próprio apartamento, e o que se disse na época: dinheiro sujo de campanha política. Nunca houve providências
No mês de outubro em diversas oportunidades o estado do Piauí se viu diante da situação de alerta vermelho determinada pelo governo federal através do Ministério da Saúde e nenhuma providência drástica foi adotada pelo governador.
As providências têm que ser adotadas. Mas é preciso questionar o momento porque tudo isso já estava acontecendo antes e nada havia sido feito. O histórico do governo em eleições, de acordo com processos em andamento na justiça e investigações na Polícia Federal, inspira muitos cuidados.
Curiosamente, faltando dois dias para o pleito de 15 de novembro, ele estabelece obrigatoriedade para limitar a circulação de pessoas na sociedade, no entanto permite-se que determinados representantes de setores públicos continuem a circular livremente — e a fazer aquilo que pode ser feito numa campanha para tentar macular a grandeza do processo.(Toni Rodrigues)
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