Opreço do arroz subiu 19,25% entre janeiro e agosto de 2020 e se tornou o principal símbolo do aumento do custo da cesta básica no Brasil. A situação preocupa o governo. As informações são do Metrópoles.
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro pedia patriotismo aos supermercados para evitar a alta, o Ministério da Justiça decretou uma investigação e a Câmara de Comércio Exterior (Camex) zerou o imposto de importação cobrado sobre o grão.
Uma das principais causas para o aumento no preço do arroz é a grande demanda externa. O volume vendido para o exterior do grão aumentou 73,5% na comparação entre os oito primeiros meses de 2019 e o mesmo período deste ano.
Os números são do Ministério da Economia e foram analisados pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles.
Entre janeiro e agosto deste ano, foram exportadas 1,153 milhão de toneladas de arroz enquanto nos mesmos meses de 2019 a quantidade ficou em 871 mil. Em valores, isso representa US$ 407 milhões em 2020 e US$ 225 milhões no ano passado. O gráfico a seguir mostra as vendas para o exterior do produto desde 2014 nos dois quesitos.
A principal solução apresentada pelo governo no período é zerar o imposto de importação para dois tipos de arroz até o fim do ano. As alíquotas praticadas normalmente são de 10% e 12%. A medida valerá até 31 de dezembro para uma quota de 400 mil toneladas do produto. Esse valor representa o dobro do importado neste ano, que é de 280 mil toneladas.
Hoje, os três países que mais exportam esses tipos de arroz para o Brasil são o Paraguai, o Uruguai e a Argentina. Como essa sobretaxa não é cobrada aos países membros do Mercosul, não deve haver um efeito positivo para as nações vizinhas. Quem pode se beneficiar da medida é a Itália, quarto país que mais vende para o Brasil.
O gráfico a seguir mostra a quantidade importada em 2020 para as duas categorias desonerada pela Camex entre janeiro e agosto.
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