10 de set. de 2020

Baixa umidade do ar agrava síndrome do “olho seco”

Ainda em agosto começamos a sentir os primeiros efeitos do período mais quente na capital, o B-R-O BRÓ. Com a alta das temperaturas, as taxas de umidade do ar que estão cada vez mais baixas, ficando inferior aos 40%. Esse percentual baixo traz perigos para o corpo, que vão desde problemas respiratórios até agravamento do “olho seco”.  

De acordo com o oftalmologista Mateus Vilar os teresinenses devem redobrar a atenção com a lubrificação dos olhos, já que no período seco podem ocorrer alterações na qualidade do filme lacrimal. “A lágrima é responsável por alimentar, proteger, oxigenar e limpar a superfície dos olhos. Elas também mantêm lisa a córnea, a lente externa do olho que é uma das estruturas oculares responsáveis pela refração. O tempo seco ajuda na evaporação da camada aquosa da lágrima, trazendo vários problemas e agravando a síndrome do olho seco”, explica o profissional. 
 
Os principais sintomas observados são coceira, queimação, olhos vermelhos e irritados, visão embaçada que melhora com o piscar, lacrimejamento excessivo, sensibilidade à luz e desconforto após uso de aparelhos eletrônicos.
 
Dados da Organização Mundial da Saúde revelam que a doença acomete mais as mulheres. Entre elas a doença chega a afetar 6,6% contra 2,8% entre os homens. O especialista explica que essa incidência maior está relacionada aos hormônios sexuais femininos e outros fatores. 
 
“No ciclo menstrual, gravidez e menopausa há alterações na córnea como variações de espessura, hidratação, curvatura, sensibilidade. Além disso, outro fator é o uso maior de lentes de contato pelas mulheres. O risco de desenvolver olho seco aumenta três vezes com o desgaste das lentes de contato, pois elas aumentam a evaporação da lágrima”, afirma.
 
Além do olho seco, a baixa umidade ainda agrava problemas respiratórios pois resseca as vias aéreas. Os principais sintomas são tosse seca, ressecamento da garganta e sangramento nasal. “Nesse momento que estamos vivenciando, ainda observamos uma piora desses problemas por conta do uso de máscaras. As pessoas bebem menos, até como uma forma de proteção, e o uso das máscaras também gera um processo de irritabilidade de via aérea. O conselho é o aumento da hidratação. O recomendado é beber bastante líquido, entre dois e três litros diários”, orienta o otorrinolaringologista, Antônio Luís de Lima.

redacao@cidadeverde.com

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