Moradores de 316 mil domicílios piauienses não viajaram por falta de dinheiro no 3º trimestre de 2019, número que representa 46,6% das residências em que não houve viagens no Piauí. É o que aponta o módulo de Turismo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) 2019, que traz dados sobre os fluxos de turistas nacionais entre as diferentes regiões do país e para o exterior. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em convênio com o Ministério do Turismo (Mtur).
Em 678 mil domicílios piauienses, não houve viagens. Isso equivale a 65,5% do total de residências do estado, percentual abaixo do verificado no Brasil, onde em 78,2% das residências não ocorreram viagens. No Piauí, em 25,6% dos lares em que não houve viagens (174 mil), o motivo apresentado é que não havia necessidade. Em 9,7% dessas residências (66 mil), os moradores informaram não ter tempo para viajar. Em 9,1% dos domicílios (62 mil), não havia interesse. Problemas de saúde foram os motivos de 3% dos domicílios (21 mil) e 1,9% (13 mil) disseram que não viajaram porque não era prioridade. Outros motivos foram relatados em 3,8% dos lares em que não ocorreram viagens (26 mil).
No Brasil, a falta de dinheiro também foi o principal motivo para a não ocorrência de viagens em 2019: dos 56,6 milhões de domicílios em que não houve viagens, essa foi a razão de 48,8% (27,7 milhões). O segundo motivo mais relatado foi a falta de tempo, apontada por 18,5% dos lares em que não ocorreram viagens (10,4 milhões). Em 13,5% dessas residências (7,6 milhões), os moradores afirmaram não ter necessidade de viajar. Falta de interesse foi a razão de 7,1% dos lares (4 milhões), cerca de 4,8% desses domicílios (2,7 milhões) informaram que não era prioridade e 4,3% (2,4 milhões) relataram que problemas de saúde impediram viagens. Em 2,9% dos lares em que não houve viagens (1,6 milhão), os moradores deram outros motivos.
Pelo menos um morador viajou em 357 mil domicílios piauienses, totalizando 571 mil viagens realizadas. A maioria dos deslocamentos ocorreu dentro do território nacional (568 mil) e apenas 3 mil viagens foram internacionais. Cerca de 507 mil viagens ocorreram por razões pessoais (88,79%) e 64 mil com finalidade profissional (11,21%).
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