Envenenamento teria acontecido após dedetização da cadeia, disse promotor – Foto: Divulgação/Sejus
O Ministério Público Estado (MPPI) vinha desde o início de maio acompanhando as investigações em torno do adoecimento de internos da Cadeia Pública de Altos. Pelo menos 50 presos precisaram de internação após apresentarem queixas semelhantes e problemas renais e seis deles vieram a óbito. Nesta segunda-feira (15), o ente ministerial divulgou o resultado da investigação que vinha conduzindo junto à unidade para saber o que estava acontecendo com os internos.
A conclusão a que o Ministério Público chegou foi de que os presos da Cadeia Pública de Altos foram vítimas de envenenamento por um produto usado na dedetização da unidade penal ocorrida no início de maio. A informação foi repassada pelo promotor Eloi Pereira Júnior, titular da Vara de Execuções Penais do MPPI. De acordo com ele, foram feitos exames laboratoriais das amostras colhidas dos presos e os resultados comprovam, inclusive com laudos médicos, que o problema de saúde dos detentos foi causado por intoxicação por agente exógeno e não pela contaminação da água da cadeia, confirma havia ventilado a Secretaria de Justiça anteriormente.
“O MP sempre duvidou dessa tese, porque são 700 presos, todos consomem a mesma água. Além disso, tem também os terceirizados, os servidores, os policiais penais que também fazem uso da mesma substância e não era razoável que só os presos adoecessem. Passamos então a uma outra linha de investigação: examinamos mais de cem prontuários médicos, analisamos mais de 200 exames laboratoriais e de imagem e fizemos uma reunião com os médicos dos hospitais onde os presos foram atendidos. A conclusão foi unânime: eles foram vítimas não de infecção pela água, mas sim de intoxicação exógena, um envenenamento”, explicou o promotor.(Por: Maria Clara Estrêla)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente essa postagem
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.