O secretário estadual de Saúde, Florentino Neto, afirmou nesta quinta-feira (16) que se o governo ceder hoje as pressões de abrir os estabelecimentos comerciais, o estado terá que lá na frente fechá-las a força.
Florentino Neto critica a postura de lideranças que defendem o fim do isolamento social e reforça que o instrumento é uma das alternativa para evitar o colapso na saúde. O secretário ressalta que o isolamento social é uma medida recomendada pela OMS (Organização Municipal de Saúde) e especialistas do mundo todo.
"Se nós hoje suspendermos o isolamento eu vou falar uma frase muito dura, mas é verdadeira. Se nós abrirmos hoje voluntariamente, lá na frente vamos fechar coercitivamente. Se nós abrirmos hoje voluntariamente, lá na frente a Covid-19 nos fará obrigatoriamente o fechamento. Temos que continuar com o isolamento, temos que fortalecer o isolamento", afirmou o secretário.
Florentino lembrou que o sistema de saúde do Ceará enfrenta dificuldades, prevendo 250 mortes por dia.
"Colapso do sistema de saúde é quando o sistema por meio dos seus leitos públicos, filantrópicos, privados, por meio de toda a sua capacidade operativa não é capaz de dá assistência a todos que necessita em determinado momento. Isso é colapso", frisou Florentino Neto.
Segundo o secretário, todas as medidas para evitar o colapso no estado estão sendo adotadas.
Florentino informou que o estado tem 926 vagas de leitos em hospitais públicos, privados, federal e filantrópico. Desses 723 são leitos clínicos, 169 vagas de UTIs e 34 leitos de estabilização.
Segundo a Secretaria de Saúde, hoje 109 pacientes estão em leitos para o tratamento da Covid-19 e com diagnóstico clínico de suspeita para o novo coronavírus. Um total de 32 pacientes estão em UTIs.
"Temos 203 leitos com respiradores, dos quais 32 estão ocupados. O que estou colocando é que se precisarmos de 205 leitos com respeitadores seria um colapso. Estamos fazendo toda uma estratégia de comprar mais respiradores, de comprar mais monitores multiparamentos, de alugar leitos de UTIs na rede privada, para que tenhamos o maior número de leitos disponível no estado", afirma.
Segundo o secretário, o pico que era para ser no final de abril, os técnicos preveem para a primeira quinzena de maio.
Parnaíba
Florentino criticou a postura da prefeitura de Parnaíba de baixar decreto abrindo o comércio. Ontem, pela segunda vez, a justiça proibiu a reabertura dos estabelecimentos comerciais.
"É uma decisão de quem talvez não esteja lendo jornal, nem vendo TV e nem abrindo um site. Uma decisão de quem está fora do mundo, todos aqueles que estão dentro do planeta terra e que estão buscando se informar e ligam a TV pelo menos uma vez no dia tem conhecimento da pandemia que estamos vivendo. Um gestor desconhecer a pandemia que estamos vivendo é algo no mínimo lamentável", disse Florentino.
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Por Yala Sena
yalasena@cidadeverde.com
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