Crédito: Aprosoja Brasil
Por:José Olímpio
Os deputados de oposição ao governo Wellington Dias (PT) estão cobertos de razão em cobrar explicações acerca dos pedidos de empréstimos que tramitam na Alepi, afinal “cesteiro que faz um cesto faz um cento”, diz a sabedoria popular. O governo petista até hoje deve a prestação de contas de empréstimo contraído junto à Caixa Econômica Federal.
Aliás, Sua Excelência deve prestar contas não só à CEF, mas ao povo do Piauí. O empréstimo de R$ 600.000.000,00, em duas parcelas de R$ 300.000.000,00, era destinado, conforme divulgação do governo, à recuperação da malha rodoviária do estado e a investimentos em infraestrutura e saneamento básico.
Até hoje, porém, não se sabe onde foram feitos esses investimentos, pois as estradas do Piauí são as piores do país. Nem na região dos Cerrados, onde é grande a produção de grãos, existem estradas trafegáveis, embora seja uma região importantíssima para a nossa economia.
Na região Norte do estado, a situação é ainda pior. Só se percebe a presença do governo inaugurando calçamento, uma ou outra tímida reforma em prédios escolares e nada mais. Não se tem notícias de obras de saneamento ou infraestrutura.
A reforma do Centro de Convenções se arrasta por 10 anos, as obras do contorno rodoviário emperraram, os parques estaduais estão sendo entregues à iniciativa privada, da mesma forma que o Ginásio Verdão, escolas públicas estão sendo fechadas. Só em Teresina mais de 10 unidades escolares estão abandonadas, de portas lacradas.
Os hospitais regionais do estado funcionam precariamente, sem equipamentos e com funcionários trabalhando sem receber salários, não oferecem resolutividade alguma, conforme denúncias da Comissão de Saúde da Alepi.
Antes mesma da pandemia, o ano letivo nas escolas públicas estaduais estava comprometido por causa da greve dos professores. O governo reluta em pagar à categoria o Piso Nacional de Salário, os percentuais de aumento de 2019 e 2020.
Diante desse descalabro, há que se perguntar onde Sua Excelência está investindo o dinheiro dos empréstimos? Está na hora do Ministério Público, Estadual e Federal, colocar uma lupa nesses contratos e nos planos de aplicação dos recursos.
Não há como o Piauí se desenvolver recorrendo a um empréstimo atrás do outro para pagar dívidas ou fazer frente a despesas correntes. Ou se fortalece a infraestrutura do estado nos diversos setores ou a economia piauiense ficará cada vez mais fragilizada e dependente dos repasses federais.
Por José Olimpio/BSILVA
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