O Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI), por meio das Câmaras Técnicas de Infectologia e de Medicina Intensiva, emitiu parecer onde estabelece que o médico tem autonomia para prescrever cloroquina ou hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes com Covid-19.
O Conselho ainda alertou que os pacientes para os quais as medicações forem prescritas “precisam ser monitorados, quanto aos eventos adversos cardiovasculares e outros inerentes ao uso desses fármacos”. O médico também deverá informar o paciente de todas as possíveis complicações e efeitos colaterais, mediante a assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Na última quarta-feira (08), o governador Wellington Dias, anunciou que autorizou a compra de medicamentos à base de cloroquina, hidroxicloroquina e azitromicina, para uso no tratamento de pacientes diagnosticados com Covid-19 no Piauí. Dias ainda afirmou que está sendo elaborado um protocolo de segurança para administração segura dos medicamentos.
Leia nota do CRM-PI na íntegra
As Câmaras Técnicas de Infectologia e de Medicina Intensiva do Conselho Regional de Medicina do Estado do Piauí entendem que, muito embora os resultados da utilização da cloroquina sejam apenas experimentais, não havendo ainda evidências científicas comprovando a sua eficácia, o médico tem autonomia para prescrever cloroquina ou hidroxicloroquina para o tratamento da COVID-19.
Para tanto, o médico deve estar ciente dos riscos e precauções que deve tomar quanto aos antecedentes do paciente em relação à doença cardíaca retinopatias, maculopatias, insuficiência hepática, epilepsia ou hipersensibilidade à droga. Nesse sentido, os pacientes para os quais forem prescritas cloroquina ou hidroxicloroquina precisam ser monitorados quanto aos eventos adversos cardiovasculares e outros inerentes ao uso desses fármacos.
Quanto às informações ao paciente, o médico deve informá-lo de todas as possíveis complicações e efeitos colaterais, mediante a assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – Anexo I do presente parecer.
Por fim, vale ressaltar que os estudos sobre a utilização da cloroquina para tratamento de COVID-19 estão sendo atualizados a todo momento, devendo o médico buscar as orientações necessárias e atuais junto aos órgãos superiores de saúde a respeito de doses, duração do tratamento e associações com outras drogas.(Laurivânia Fernandes)
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