EUA, China, Espanha e outros países começam ensaios clínicos em pacientes com compostos contra a malária e o ebola. Cientistas brasileiros também estão desenvolvendo uma vacina.
Pesquisador se prepara para entrar em um laboratório militar de alta segurança nos Estados Unidos.ANDREW HARNIK / AP (AP) |
O mundo assiste a uma corrida científica sem precedentes para encontrar tratamentos eficazes contra a doença provocada pelo coronavírus. Entre todas as drogas de interesse, há duas que estão recebendo atenção especial: uma é um medicamento genérico já aprovado contra a malária e a outra é um tratamento experimental projetado para combater o ebola, mas que não chegou a tempo de fazê-lo. A nova pandemia pode dar a esses dois compostos uma segunda vida.
O ministro da Saúde da Espanha, Salvador Illa, anunciou nesta sexta-feira que vários hospitais espanhóis iniciarão dois ensaios clínicos com pacientes para demonstrar a eficácia do remdesivir, um medicamento desenvolvido pela empresa farmacêutica norte-americana Gilead para tratar o ebola e que ainda está em fase experimental. Três hospitais ―o La Paz, em Madri, o Clinic, em Barcelona, e o Cruces, em Vizcaya― já começaram a recrutar pacientes, e outros cinco devem aderir nos próximos dias: o 12 de outubro e o Ramón y Cajal, em Madri; o príncipe das Astúrias de Alcalá de Henares (Madri); o Carlos Haya, em Málaga, e o Vall d’Hebron, em Barcelona.
A própria farmacêutica está fazendo testes clínicos em humanos. Os primeiros resultados são esperados para o final de abril. A China também está conduzindo dois grandes ensaios com esse mesmo antiviral, comparando seus efeitos em pacientes em estado grave e moderado.
Os esforços atuais buscam encontrar compostos úteis tanto para curar os casos mais graves como para tratar os mais leves e tentar reduzir a capacidade de transmissão do vírus. É aqui que a hidroxicloroquina, baseada em um medicamento usado contra a malária há décadas e relativamente barata, pode desempenhar um papel importante. Esta molécula tem um potencial efeito duplo. Primeiro, é um antiviral que poderia combater diretamente o SARS-CoV-2. Também possui efeitos anti-inflamatórios, o que poderia melhorar os sintomas de pacientes com pior prognóstico.
O presidente dos EUA, Donald Trump, sugeriu na quinta-feira que ambos os medicamentos estão praticamente aprovados para uso. Mas o órgão responsável pela aprovação de fármacos no país o corrigiu, alertando que, como em qualquer outro caso, é necessário comprovar em ensaios clínicos que essas drogas são seguras e eficazes e que, por enquanto, não há evidências de que funcionem, segundo informou a Bloomberg. (Matéria completa).
Edição: Blog do Pessoa com informações do El País
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente essa postagem
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.