Professores se recusam a iniciar ano letivo até que reajuste seja pago á categoria (Foto: Divulgação/ Sinte)
Os professores da rede estadual do Piauí decidiram manter a greve por tempo indeterminado, mesmo com a afirmação que o governador Wellington Dias (PT) deu à imprensa, nesta quinta-feira (20/02), de que cortará pontos dos profissionais da educação que permanecerem na greve. Dias tem sido enfático ao dizer que o valor de R$ 3.167,17, proposto pelo Governo é acima do piso nacional, o que daria fim à reivindicação da classe.
Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Piauí (Sinte-PI) classificou a afirmação do governador como uma “tentativa desesperada de enfraquecer o movimento”, além de apontar a medida de cortes como um descumprimento da Lei.
Segundo a presidente do Sinte, Paulina Almeida, a medida tomada pelo Governo não será um motivo para que a categoria ponha um fim no movimento grevista que pede o reajuste dos anos de 2019 e 2020, somando um percentual de 17,01%.
“Os trabalhadores em educação sempre honraram o cumprimento da reposição das aulas do período de greve e os trabalhadores não se intimidaram com as ameaças de corte de ponto”, disse Paulina.
ALUNOS NÃO TERÃO 200 DIAS LETIVOS, DIZ SINTE
Para a presidente do Sinte, os maiores prejudicados com a decisão de Wellington Dias serão os alunos. Caso os pontos sejam cortados existe uma grande chance de que a rede estadual não cumpra os 200 dias letivos obrigatórios no calendário escolar.
“O Governo do Piauí tira o direito dos alunos de terem os 200 dias letivos, com essa questão de querer tirar o ponto dos grevistas. Nós temos direito a lutar por aquilo em que acreditamos que é a valorização dos profissionais da educação. Quando ele fala isso, ele tira o direito dos profissionais pagarem os dias em que estiveram em greve. Se ele cortar o ponto, nós não teremos os 200 dias letivos”, declarou a professora.
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