17 de fev. de 2020

Como limitar o uso de celular sem causar conflito em casa; confira 20 dicas

Limitar o uso de telas — sejam celulares, videogames ou computadores — é difícil para quase todas as famílias. Na casa de Marcelle Chagas, o pequeno Ruan Carlos, de 5 anos, não gosta nem um pouco quando chega a hora de deixar o smartphone. Segundo a mãe, mesmo sabendo que só pode usar o celular por duas horas, ele faz pirraça quando seu tempo de usar acaba.
Na família de Geiza Porto, um tablet dado de presente ao filho mais velho gerou até uma briga conjugal. O pai achava que não havia problema, mas ela, que controla com pulso mais firme as crianças, deu sumiço no aparelho. Para deixar as crianças longe das telas, a solução na casa é investir em atividades lúdicas.
Resultado de imagem para manual de orientação aos pais
— Tenho o hábito de todo o fim de semana reservar um tempo para que eles tenham uma atividade ao ar livre ou algo em casa, como plantar, algo manual, uma atividade que seja na contramão. Quando estou sem dinheiro, uso a imaginação — conta.
Esta semana, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)reeditou um guia de orientação aos pais sobre o uso de telas. Para algumas pessoas, os limites — que vão até 3 horas diárias de uso — são muito rígidos para a realidade das famílias brasileiras.
Segundo Luci Pfeiffer, do Grupo de Trabalho de Saúde na Era Digital da SBP, os limites estabelecidos pelo manual seguem as orientações da Organização Mundial da Saúde.
— Os filhos ficam pelo menos seis horas na escola, se deslocam até em casa, a maioria tem atividades extras e é preciso respeitar os horários de sono. Levanto isso em consideração, o limite de tempo para uso de telas é mais do que adequado — afirma.
Os momentos de descanso são os mais afetados pelo uso descontrolado de celulares, principalmente entre os adolescentes.
— A luminosidade atrapalha a produção de melatonina, hormônio responsável pelo sono. Soma-se a isso o fato de que os adolescentes naturalmente sentem sono mais tarde. São eles os que mais sofrem as consequências da privação de sono, como a falta de atenção — explica Christianne Bahia, neurologista responsável pelo setor de Sono do Serviço de Neurologia da UERJ.
Para ter uma relação saudável com a tecnologia
1 - Evitar a exposição de crianças menores de 2 anos às telas, sem necessidade (nem passivamente!);
2 - Crianças com idades entre 2 e 5 anos: limitar o tempo de telas ao máximo de 1 hora/dia, sempre com supervisão;
3 - Crianças com idades entre 6 e 10 anos: limitar o tempo de telas ao máximo de 2 horas/dia, sempre com supervisão;
4 - Adolescentes com idades entre 11 e 18 anos, limitar o tempo de telas e jogos de videogames a 2-3 horas/dia, e nunca deixar “virar a noite” jogando;
5 - Não permitir que as crianças e adolescentes fiquem isolados nos quartos com televisão, computador, tablet, celular, smartphones ou com uso de webcam; estimular o uso nos locais comuns da casa;
6 - Para todas as idades: nada de telas durante as refeições e desconectar uma hora antes de dormir;
7 - Oferecer alternativas com atividades esportivas, exercícios ao ar livre ou em contato direto com a natureza, sempre com supervisão;
8 - Nunca postar fotos de crianças e adolescentes em redes sociais públicas, por quaisquer motivos;
9 - Criar regras saudáveis para o uso de equipamentos e aplicativos digitais, além das regras de segurança, senhas e filtros apropriados para toda família, incluindo momentos de desconexão e mais convivência familiar;
10 - Encontros com desconhecidos online ou off-line devem ser evitados. Saber com quem e onde seu filho está, e o que está jogando ou sobre conteúdos de risco transmitidos (mensagens, vídeos ou webcam), é responsabilidade legal dos pais/cuidadores;
11 - Em vez de tirar o celular da mão de seu filho, seja criança ou adolescente, converse com ele sobre os limites e instale aplicativos de controle de tempo de uso de celular. Em alguns apps dão aos pais a capacidade de bloquear determinado conteúdo acessado por seu filho
12 - Em vez de liberar as telas por mais tempo nos fins de semana, use este período em que a família tem menos compromisso para fazer alguma atividade juntos. Além de afastar os filhos das telas, a família se aproxima
13 - Para quem não pode sair todo fim de semana, outra dica é aproveitar para usar a tecnologia junto, sem ultrapassar o limite diário indicado por faixa etária. Vale jogar videogame para dois, assistir a um filme e discutir sobre ele etc
14 - Outra dica é usar brincadeiras lúdicas, como desenhar, ler livros, brincar com jogos de tabuleiros para preencher o tempo de seu filho e aproximá-lo de você
15 - Chame amigos de seu filho para fazer algo em sua casa. Assim, a diversão é garantida mesmo sem necessitar de telas para entreter
16 - Fique sempre atento ao que seu filho está acessando, principalmente na internet. Coloque-se sempre à disposição dele para ajudá-lo quando qualquer dúvida surgir
17 - Converse com o seu filho sobre os perigos que ele pode encontrar pela internet, como vídeos sobre violência, pessoas solicitando fotos e download de arquivos. Oriente seu filho a sempre conversar com você caso veja algo de errado na internet
18 - Preencha a semana de seu filho com atividades extracurriculares, pois toda vez em que eles estiverem ociosos, vão querer se entreter com alguma tela
19 - Os pais podem conversar com a escola de seus filhos sobre medidas que podem ser tomadas na unidade de educação a fim de alertar os alunos sobre os riscos de fazer consumo das telas sem nenhum tipo de limite
20 - De nada adianta brigar com o seu filho para ele sair da frente do celular, computador ou videogame se você faz exatamente o contrário. Nestes casos, dar o exemplo é mais que necessário.
Edição: Blog do Pessoa com informações do Extra

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