Conhecido como teste da janela de Schamroth pode revelar doenças, principalmente cardíacas e pulmonares.
O oncologista explica que o baqueteamento digital, também chamado de hipocratismo digital ou “dedos em baqueta de tambor”, é uma condição descrita pela primeira vez há cerca de 2.400 anos, por Hipócrates (daí o nome “hipocratismo”). O termo refere-se a um sintoma, causado pelo acúmulo de líquidos no corpo, que faz com que os dedos fiquem maiores e mais largos nas pontas. Em outras palavras, é caracterizado pelo aumento das falanges distais dos dedos e unhas das mãos.
O baqueteamento digital pode estar relacionado a doenças cardíacas e pulmonares, entre elas o câncer de pulmão. “Muitas doenças, principalmente cardíacas e pulmonares, podem causar esse sinal. Câncer de pulmão é uma delas”, reforça Allan Pereira. De acordo com a Cancer Research UK, do Reino Unido, 35% dos pacientes com câncer de pulmão apresentam baqueteamento digital. Outras possíveis enfermidades que provocam o sintoma são enfisema pulmonar e insuficiência cardíaca.
Se você fez o teste e não viu o “diamante” entre as unhas, não é preciso entrar em desespero. O médico Allan Pereira esclarece que o baqueteamento pode ser apenas um traço familiar. Em relação ao câncer pulmonar, o oncologista diz que o inchaço das falanges dos dedos como manifestação inicial da doença é incomum. “Normalmente sua formação parece depender da produção de algumas substâncias pelo próprio tumor”, explica.
Alessandra Leite, oncologista clínica do Centro de Oncologia do Hospital Santa Lúcia, explica que o motivo pelo qual algumas doenças causam esse sinal ainda não é completamente compreendido. Umas das hipóteses para o caso de pacientes de câncer é que o crescimento da ponta dos dedos estaria relacionado com o aumento de plaquetas que se concentrariam nas extremidades dos dedos. “O sintoma é mais frequente em doenças que causam má oxigenação dos tecidos de forma crônica”, detalha a médica.
Alessandra Leite explica que os dedos em baqueta devem chamar atenção para uma investigação cardiopulmonar relacionada a uma provável hipóxia crônica (má oxigenação tecidual).
Edição: Blog do Pessoa com informações do Times Brasilia
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