13 de dez. de 2019

Juiz nega liberdade a mecânico acusado de matar professora no Piauí

A decisão do juiz Willmann Izac Ramos Santos, da Vara Única da Comarca de Luís Correia, foi dada na quartafeira (11).
Selene Veras Roque e Raimundo Neto Pereira
O juiz Willmann Izac Ramos Santos, da Vara Única da Comarca de Luís Correia negou o pedido de liberdade feito pela defesa do mecânico Raimundo Neto Pereira, acusado de assassinar a esposa, a professora Selene Veras Roque com 26 facadas, durante uma discussão no município de Luís Correia. A decisão foi dada nesta quarta-feira (11).

Nos autos, o magistrado destacou que o acusado foi preso devido a particularidade do crime, que foi realizado com agressividade acima do comum em assassinatos.
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“Não somente com fundamento na existência de comoção popular, mas em face da particularidade dos fatos, tais como a agressividade como o crime foi praticado, acima do que é comum acontecer nos crimes de homicídio e em face de o réu ter empreendido fuga, demonstrando que pretendia frustrar a aplicação da lei penal”, destacou.

Ainda segundo os autos, o juiz apontou que por fugir após ter realizado o crime, o acusado revela ter desprezo com a convivência social. “O fato de ter empreendido fuga revela seu total desprezo com as regras de convivência social, não dando qualquer garantia ao juízo de que responderá a todos os atos do processo, inclusive em caso de eventual condenação, podendo empreender fuga para se esquivar da aplicação da lei penal”, ressaltou.

O crime
A professora e diretora de um colégio municipal, Selene Veras Roque, de 28 anos, foi morta a facadas pelo companheiro, o mecânico identificado como Raimundo Neto Pereira, de 32 anos, durante uma discussão no município Luís Correia, situado na região Norte do Piauí.

O fato ocorreu após o casal chegar em casa, localizada no povoado Lameiro, zona rural da cidade. “Os dois tinham acabado de chegar de Parnaíba, cidade onde os dois faziam pós-graduação. Ao entrarem na residência, teve início uma discussão entre eles, e o crime ocorreu”, informou o capitão Galeno, da Companhia Independente de Policiamento Turístico (Ciptur).

Os dois tem uma filha de apenas sete anos de idade, que não estava na casa quando o fato aconteceu. Posteriormente, o réu apresentou-se na delegacia onde foi interrogado pela autoridade policial e, confessou o feminicídio.

Fonte: Davi Fernandes/GP1 | Edição: Jornal da Parnaíba

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