Se o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda) fosse um corpo humano, e tivesse adoentado, ele precisaria de boas doses de remédio para curar algumas de suas feridas mais expostas: péssimo atendimento, corredores lotados, lentidão, servidores de mau humor e um despreparo incomum de gestão, que é o culpado por tudo isso.
O problema é que os gestores erram mais que acertam nas doses aplicadas ao hospital parnaibano nos últimos anos. O remédio não tem tido o efeito desejado porque o local é usado, na maioria das vezes, para acomodação de apadrinhados políticos. O foco técnico, com pessoas preparadas e que deveriam dar mais resolutividade e resultados mais consistentes ao hospital, fica em segundo plano, sendo que a prioridade é atender a interesses politiqueiros de quem usou, abusou e ainda usa o local para angariar dividendos eleitorais.
O Heda é motivo de disputa política nos corredores do Karnak, por conta da quantidade de pessoas empregadas com portarias e de terceirização. Os dois nomes que brigam para fazer as indicações são bem conhecidos da população parnaibana. Um, comprovadamente incapaz para administrar até boteco de beira de estrada, está atualmente com o controle do hospital, e os problemas não diminuem; o outro, que mandava lá até pouco tempo, atua dia e noite para reaver o comando do centro de saúde. Enquanto isso, a população padece nos corredores do Heda. A deputada estadual Teresa Brito flagrou essa triste realidade em recente visita ao hospital.
Quem disse que não há cura para o Heda?
O remédio é simples: colocar profissional qualificado e experiente para gerir os rumos do hospital parnaibano. Menos politicagem barata, mais profissionalismo. E não ficar brincando de erra e acerta na direção, como o que se tem visto há anos naquele lugar.
Por Bernardo Silva/Blog do Bsilva
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