Os fuzis e metralhadoras apreendidos pela Polícia Civil do Piauí em uma propriedade rural entre Monsenhor Gil e Valença neste fim de semana pertenciam à quadrilha que assaltou o Banco do Brasil da cidade de Tutóia, no Maranhão, no mês passado. As armas estavam enterradas e os policiais precisaram utilizar uma retroescavadeira para poder localizá-las.
Além dos fuzis, foram apreendidas também metralhadoras, armas ponto 50 e uma grande quantidade de munição. De acordo com as informações coletadas pelo Núcleo de Inteligência da Polícia Civil Piauiense, o grupo criminoso estaria se preparando para cometer pelo menos dois assaltos a instituições financeiras aqui no Estado.
“Essa foi uma ação preventiva. Tendo a informação da localização do sítio, nós fizemos logo a desarticulação da logística dessa quadrilha porque caso eles fossem adiante com as ações que pretendiam, teriam um poder de fogo e destruição muito grande, e como nosso objetivo sempre é preservar a vida, nosso entendimento foi de nos antecipar a eles”, detalha o secretário de Segurança Pública, Fábio Abreu.
Foto: Divulgação/SSP-PI
Além do armamento, a polícia localizou também o veículo utilizado pelos membros da quadrilha para fugir de Tutóia após o assalto ao banco. De acordo com Fábio Abreu, o Núcleo de Inteligência do Piauí e do Maranhão já possui a identificação de alguns dos integrantes do bando. “Esse carro foi usado tanto para ir, quanto para voltar do Maranhão antes e depois do assalto e a maioria dos membros do grupo ficou hospedado aqui em Teresina”, diz.
Foto: Divulgação/SSP-PI
As investigações da polícia apontaram ainda que o grupo criminoso conseguia o armamento que usava por meio de uma espécie de consórcio: cada membro entrava com uma arma e ao final da ação, eles dividiam os resultados de acordo com a contribuição de cada um para a logística.
Foto: Divulgação/SSP-PI
O sítio onde as armas foram localizadas possuía uma estrutura bastante ampla e, conforme a polícia, havia uma família vivendo na propriedade para não levantar suspeitas sobre o local estar sendo usado pelo grupo criminoso. Foram feitas algumas prisões, segundo o delegado Tales Gomes, coordenador do Greco, e realizadas também algumas oitivas que permitirão dar prosseguimento à investigação e à descoberta de possíveis braços da quadrilha.
“Importante ressaltar que essa quadrilha é composta por indivíduos de vários estados brasileiros e por isso essa integração entre as forças de segurança do Piauí com o Maranhão e o Rio Grande Norte”, explicou Tales Gomes.
Por: Maria Clara Estrêla
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