Lagoa do Portinho
Parece que não vai adiantar muita coisa a decisão do governo do Estado, de julho passado, em transformar a Lagoa do Portinho em área de proteção ambiental, com o fim de receber “uma atenção ainda maior quanto à conservação e proteção da fauna, da flora, preservação das margens, da biodiversidade, além da garantia dos recursos hídricos”. A Lagoa do Portinho tornou-se, desde então, uma Área de Relevante Interesse Ecológico (Aire).
Para o professor Eudes Ferreira Lima, do Departamento de Ciências Biológicas da UFDPar, a Lagoa do Portinho vai voltar a secar, o que impede que se desenvolva algum projeto de criação do peixes naquele local, ao contrário da Lagoa do Bebedouro, cuja análise das águas foi feita recentemente por alunos da Universidade Federal e, assim como na Lagoa da Prata, poderá ter criatórios de peixes em tanque rede.
Professor Eudes Lima
“A lagoa do Portinho já foi analisada e continuamos dizendo que o movimento de dunas é no sentido da lagoa. E como tem milhares de dunas para chegarem à lagoa, minha posição é que ela não deve ser usada para criação de peixes, como na Lagoa do Bebedouro, e sim, apenas para o turismo, porque a lagoa vai aterrar, com certeza, novamente”, disse o professor.
Ele explica que “a direção e o sentido dos ventos, levando material de dunas, é para cima da lagoa. Então é muita areia para ser removida e é trabalho demais para um objetivo pequeno. É melhor utilizar outros locais. Além dos mais a lagoa é uma propriedade do patrimônio da união. Ela só divide Parnaíba e Luiz Correia. Então, é preferível utilizar todos os esforços em cima de outras lagoas que já existem aqui em Parnaíba, como a Lagoa do Bebedouro e Lagoa da Prata”, pontou o professor.
Eudes Lima conclui lembrando que na Lagoa da Prata, inclusive, já trabalham a criação de peixes, a própria tilápia. “Seria só um aumento na produção porque a produtividade lá é boa. Eles colocam 500 peixes por tanque rede e estão tirando duas toneladas. Então, a quantidade de peixes é muito boa Eu acho que deveriam usar os esforços em cima da Lagoa da Prata e Lagoa do Bebedouro, casando turismo, produtividade e lazer”.
Especial para o blogdobsilva
POR: BERNARDO SILVA
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