O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (24), após o discurso de abertura na 74ª Assembleia Geral da ONU, que sua fala de cerca de 20 minutos “não foi agressiva”. “Foi um discurso bastante objetivo e contundente, não foi agressivo, eu estava buscando restabelecer a verdade das questões que estamos sendo acusados no Brasil”, declarou a jornalistas.
O presidente brasileiro afirmou que não citou diretamente o presidente da França, Emmanuel Macron. “Eu não citei o nome do Macron, nem da Angela Merkel, chanceler da Alemanha, citei a França e a Alemanha como países que mais de 50% do seu território é usado na agricultura, no Brasil é apenas 8%, tá ok?”.
Em sua estreia na ONU, Bolsonaro fez um discurso que reiterou os conceitos do “bolsonarismo” ao criticar o socialismo e o que ele classificou como “ambientalismo radical” e “indigenismo ultrapassado”. O presidente fez menção direta à França, país que esteve na linha de frente das críticas ao Brasil na questão da Amazônia.
Bolsonaro também contou que deve encontrar o presidente norte-americano, Donald Trump, na noite desta terça. “Hoje à noite devemos estar juntos no coquetel”, disse.
Depois de discursar, Bolsonaro foi para a plateia do plenário da ONU para assistir ao discurso do presidente dos Estados Unidos. De lá, voltou ao hotel onde está hospedado e saiu no início da tarde para almoçar. Questionado sobre onde iria almoçar, Bolsonaro disse que iria “comer num podrão aí fora” e depois que não tinha “a menor ideia” de onde iria comer.
O presidente não teve encontros bilaterais agendados com líderes de outros países durante sua passagem que deve durar cerca de 30 horas em Nova York.
A justificativa do Planalto e do Itamaraty para a ausência de outros compromissos oficiais é a condição de saúde do presidente, que se recupera de uma cirurgia. Ele chegou no fim da tarde da segunda (23) ao hotel onde está hospedado em Nova York e saiu para jantar em um restaurante italiano próximo, onde ficou por cerca de duas horas. Ele ainda segue limitações de alimentação, segundo médicos.
Bolsonaro terá, durante a tarde, um encontro com o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani. Ele já elogiou a política de “tolerância zero” de Giuliani durante gestão da cidade para reduzir índices de criminalidade. A agenda do presidente prevê a volta a Brasília ainda na noite desta terça.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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