A UPA canibalizada

O Brasil é um país que desmoraliza o planejamento. Uma boa ideia para melhorar o atendimento de urgência e emergência na saúde pública, as unidades de pronto atendimento 24 horas (UPA), está se tornando agora um estorvo para as prefeituras – que ao se virem obrigadas a manter essas plantas sanitárias dispendiosas não dão conta de fazer mais um serviço. O resultado é que por todo o país, as prefeituras ou estão abandonando as UPAs ou simplesmente nem as fazem funcionar. Há ainda uma terceira situação: a de usar as estruturas de modo diverso àquele originalmente concebido. No Piauí, a única situação em que UPA funciona como UPA é Teresina, onde a prefeitura mantém três estruturas: Renascença, Satélite e Promorar. No interior do Piauí as UPAs, quando funcionam, é em situação de deficiência, meia-boca, precária. Tome-se um exemplo recente, com a UPA de Piripiri, que teve seus equipamentos redistribuídos para outras unidades hospitalares, como o desfibrilador (equipamento para atender pacientes infartados), enviados para o Hospital Júlio Hartmann, em Esperantina. Parte do material e equipamento da UPA de Piripiri foram para o Hospital Chagas Rodrigues, lá mesmo na cidade, e para estabelecimentos em Esperantina, Barras,

Luzilândia e Pedro II. Se em Piripiri a UPA foi por assim dizer Punição ao gestor Estados imprevidentes Eles perderam a batalha canibalizada, com a aquiescência, aliás, da Sesapi, imagine-se como devem estar unidades similares com a mesma dificuldade de funcionamento em outras cidades piauienses do mesmo porte.

Equipamentos

Se a UPA de Piripiri teve redistribuídos equipamentos e materiais, na de Parnaíba o espaço sico deu lugar a dois centros de especialidades em saúde e odontológicas. Os equipamentos que

seriam usados na UPA agora servem a esses serviços, conforme pedido da Prefeitura local.

Fonte: Portal AZ