19 de jun. de 2019

Piauí tem segunda maior taxa de analfabetismo do país, aponta IBGE




Taxa registrada no estado só fica abaixo de Alagoas, que foi de 17,2%

Os dados divulgados pelo IBGE, que foram obtidos através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), apontam que a taxa de analfabetismo no Piauí, para pessoas de 15 anos ou mais de idade, é de 16,6%, a segunda maior do país. A pesquisa foi publicada nesta quarta-feira (19) e se refere ao ano de 2018. O número equivale a mais de duas vezes a média observada no Brasil (6,8%). A taxa registrada no Piauí só fica abaixo do Estado de Alagoas, que foi de 17,2%. Contudo, a taxa de analfabetismo no Piauí apresentou redução de 2016 para 2017, tendo passado de 17,2% para 16,6%, permanecendo estável em 2018.O Estado com o menor indicador foi o Rio de Janeiro, com 2,4%.

No Piauí a taxa de analfabetismo, para pessoas de 15 anos ou mais de idade, é 3,1 pontos percentuais maior para os homens (18,2%) que observada para as mulheres (15,1%). Quando comparamos as taxas do Piauí com as do Brasil, para ambos os sexos, percebemos que representam mais de duas vezes a média registrada para o país.



Taxa de analfabetismo por cor ou raça no Piauí
Em 2018 a taxa de analfabetismo no Piauí, para pessoas de 15 anos ou mais de idade, segundo a condição de cor ou raça, era superior entre as pessoas de cor preta ou parda em relação às de cor branca, em cerca de 3,8 pontos percentuais. Em termos da média observada para o Brasil essa diferença era ainda maior, da ordem de 5,2 pontos percentuais.

Comparando-se as taxas de analfabetismo do Piauí às do Brasil, para uma mesma cor ou raça, percebe-se que no Piauí, proporcionalmente, há 3,4 vezes mais pessoas brancas analfabetas e 1,8 vezes mais pessoas pretas ou pardas analfabetas do que a média registrada para o país.

Taxa de analfabetismo para pessoas idosas (60 anos ou mais de idade) no Piauí
No tocante à taxa de analfabetismo para pessoas de 60 anos ou mais de idade, em 2018 o Piauí registrou 42,7%, a segunda maior taxa observada no país, ficando atrás apenas do Maranhão (45,5%). O Rio de Janeiro foi o Estado com a menor taxa do país, com 6,3%. A taxa média registrada para o Brasil foi de 18,6%.

Média de anos de estudo
Outro resultado que a PNAD Contínua nos mostra é quanto ao número médio de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade. Em termos de Brasil, observando-se os números de 2016 a 2018, percebemos que há um incremento constante do número de anos de estudo da população, que saltou de 8,9 anos em 2016 para 9,3 anos em 2018. Em termos de grandes regiões do país observou-se o mesmo comportamento, onde destacamos a região Sudeste como apresentando a maior média de anos de estudo em 2018 (10 anos), enquanto a região Nordeste apresenta a menor média (7,9 anos).

Já o Piauí aparece com a segunda pior média do país, com 7,4 anos, só superando o Estado de Alagoas (7,3anos). A unidade da Federação com a melhor média é o Distrito Federal, com 11,4 anos, registrando 4 anos a mais de estudo que o Estado o Piauí.

Percentual de pessoas de 25 anos ou mais de idade que concluíram ao menos a educação básica obrigatória
Ao observarmos as informações da PNAD Contínua sobre as pessoas de 25 anos ou mais de idade que concluíram ao menos a “educação básica obrigatória”, aqui entendido como aquela formada pelo ensino fundamental e o ensino médio, temos que no Brasil 47,4% daquelas pessoas enquadravam-se nessa situação. Nesse cenário o Piauí apresentou o menor percentual dentre os Estados, registrando 33,4%. O Distrito Federal apresentou a melhor média, 66,0% , o dobro da média alcançada pelo Piauí.

Percentual de pessoas de 15 a 29 anos sem trabalhar nem estudar- 2018
A PNAD Contínua apresentou ainda um retrato da população de 15 a 29 anos que não estavam trabalhando (não ocupadas) nem estavam estudando. No Piauí 26,4% dos jovens de 15 a 29 anos não tinham ocupação nem estudavam, média superior à observada para o Brasil, que era de 23,0%. A menor taxa era a observada para Santa Catarina, com 14,1%.

Ao nos debruçarmos sobre o perfil dos jovens de 15 a 29 anos do Piauí, que não trabalham nem estudavam, temos o seguinte cenário: a) com relação ao sexo, as mulheres têm uma maior prevalência, onde 31,5% das mulheres de 15 a 29 anos de idade não trabalhavam nem estudavam, enquanto que para os homens esse indicador era de 21,5%;

b) com relação a cor ou raça, as pessoas de cor preta ou parda tinham uma maior prevalência, onde 27,0% dos pretos ou pardos de 15 a 29 anos não trabalhavam nem estudavam, enquanto que para os brancos esse indicador era de 23,1%.

Por Redação do Portal AZ

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