Marconi Perillo, apesar de tucano, é um político com uma trajetória bem parecida com a de Wellington Dias, do PT. Quando se elegeu governador pela primeira vez, em 1998, então com 35 anos, era um obscuro deputado federal que foi para a disputa contra um mito da política goiana, Iris Resende. Derrotou Resende e se reelegeu governador quatro anos mais tarde, em 2002, ano em que Wellington Dias derrotava um político de longa e bem sucedida carreira, o ex-governador Hugo Napoleão. Perillo encerrou seu segundo mandato em 2006 obtendo uma cadeira no Senado, enquanto no Piauí o petista se reelegia governador. Em 2010, Wellington se elegeu senador e Perillo voltou ao governo de Goiás pela terceira vez. Em 2014, Perillo conquistava seu quarto mandato de governador. Wellington conseguia o terceiro. Na eleição do ano passado, o governador do Piauí obteve seu quarto mandato e Perillo tentou sem sucesso uma eleição para senador. Foi preso antes por malfeitorias e a fadiga de material que experimentava descambou para uma gangrena política que fez de Perillo um morto-vivo. Ele teve 7,3% dos votos para senador. Seu candidato a governador, José Eliton, teve 13,7% dos votos. Quatro mandatos fizeram do tucano não um assombro política, mas uma alma penada. Assim, se conselho vale, ao governador do Piauí Wellington Duas diz-se para que busque meios para evitar o risco Perillo, porque como ensinou certa vez uma sábia esposa de um político hoje sem mandato: mais longa é a campanha, não o mandato. E no caso de Wellington, um décimo do seu quarto mandato já ficou para trás. O tempo para consertar rotas é diminuto dia após dia. O risco Perillo cresce em proporção inversa.
Fonte: Portal AZ
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