Numa época em que o livro digital faz o maior sucesso, o Sebo ainda tem seu espaço na cidade de Parnaíba, garantindo o sustento de famílias. A banca do “Caçula”, o mais antigo no ramo, que trabalha há quase 6 décadas com seu sebo, vem se mantendo com um estoque razoável, embora com dificuldades nas vendas. É que, segundo o Caçula, a era digital atrapalhou seu negócio.
O comerciante relembra que não é apenas uma paixão trabalhar no sebo, mas é onde consegue o dinheiro para pagar as suas contas. “Estou nesse ramo há 57 anos. Eu vendia muito, antigamente, mas a internet acabou com minhas vendas. Hoje eu sobrevivo como algumas vendas, mas é muito pouco, comparado com o que vendia algum tempo atrás. Consegui criar meus filhos com minhas vendas aqui”, falou o seu Caçula.
O sebo do Caçula funciona hoje em um espaço localizando no antigo mercado de carne, proximidades da Praça dos Poetas. Um local simples, onde ele tenta sobreviver com doações e com algumas aquisições para atrair ainda um público que gosta correr os dedos por entre as páginas de um bom e velho livro.
“Eu recebo doações de romance, revistas e também compro gibis, revistas e livros. As historias de cowboy, aqueles livrinhos de faroeste, que tinham muita saída, não tem mais publico. A maior procura está entre a literatura e livros espíritas”.
Sobre o futuro dos sebos, a tendência é que o mercado de livros usados acabe sendo atropelado por conta da era digital, dos livros digitais. Mas, enquanto der para sobreviver, pessoas como o Caçula permanecem no ramo, sempre com algum público fiel.
Texto/Fotos: Bernardo Silva e Camila Neto
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