O piauiense João Henrique, presidente nacional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), falou ao O Dia sobre a possibilidade de ser destituído do cargo. Ele esclarece que, embora não tenha sido notificado oficialmente, há um documento assinado pela Conselho da entidade pedindo novas eleições para a diretoria. João Henrique afirma estar tranquilo quanto a isso.
“Vou cumprir agenda e vou continuar desempenhando minha função até eventualmente tiver o meu mandato cassado. Vou fazer o que? É o jogo da vida e do poder, e como eu acredito muito no destino inexorável, às vezes as coisas acontecem”, disse João Henrique.
Ele aguarda agora que José Roberto Tadros, presidente do Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e do conselho administrativo do Sebrae, designe uma data para que o documento seja apreciado. De acordo com a imprensa nacional, o ministro da Economia, Paulo Guedes, pressiona para que isso aconteça no próximo dia 25 de abril, durante reunião ordinária da entidade.
Por sua vez, João Henrique explica que a reunião do conselho pode ser antecipada. Ele acredita que o movimento em torno da sua destituição está relacionado com o interesse do governo federal alterar a estrutura do Sistema S do qual o Sebrae, que tem um dos maiores orçamentos, também faz parte. Apesar disso, o piauiense ressalta que chegou a presidência do Sebrae pela escolha do mesmo conselho que agora o quer fora da função. “Se os eleitos não são do agrado do atual do governo, não posso fazer nada”, declara.
João Henrique foi eleito presidente nacional da entidade em novembro do ano passado, e teve como principais apoiadores o ex-presidente Michel Temer (MDB) e Robson Andrade, presidente afastado da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Por: Breno Cavalcante – Jornal O Dia
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