26 de mar. de 2019

Um cúmplice silêncio

O governador Wellington Dias deveria ter amanhecido ontem, com uma resposta ao descalabro denunciado, de que, por meio de memorando assinado por um gerente da Secretaria de Justiça, se formou uma escolta armada, com viatura de sirene ligada, para transportar do presídio de Altos até a  Casa de Custódia, um preso de alta periculosidade com a finalidade única de participar de uma orgia, manter relações sexuais dentro do presídio. Mas não se ouviu nada sobre que providências deverão ser tomadas, da parte do Palácio de Karnak. Isso é um escândalo, que, guardadas as devidas proporções, todos são culpados, do secretário titular da Justiça, até os diretores dos dois presídios. Além da medida administrativa, que se impõe punitiva, falta ouvir a posição do Ministério Público, e até do juiz da Vara de Execuções penais. Pelo Código Penal, um preso não pode ser deslocado de um presídio para outro sem a autorização do juiz. Quem ouve os áudios fica bestificado, até envergonhado por saber que à luz do dia, agentes públicos praticam atos desonestos, tão facilmente. O memorando assinado por um gerente da Secretaria de Justiça passou a ter força de um alvará de soltura, porque tais procedimentos envolvem recebimento de propinas. Nos áudios, os agentes que foram usados para o transporte do preso, se mostram revoltados e envergonhados. Revoltados por saberem que foram expostos ao risco e, que  por trás da ordem recebida beira a corrupção, uma vez que a ida do preso para o ato sexual teria custado R$ 15 mil, segundo se ouve. A prática de prostituição no “Cabaré da Custódia”, como se referem os agentes penitenciários, é de fazer inveja a qualquer um desses cafetões que a polícia anda atrás, que negociam as meninas de boas famílias de Teresina para os bacanas do Maranhão, a preço de banana. Mas, o caso do “Cabaré da Custódia" precisa de uma urgente resposta do governo. O governador não pode mais fechar os olhos para as ações nada republicanas que pipocam no seu governo. Ele deve tomar atitudes que não sejam mais a de passar a mão na cabeça dos infratores. Por que, afinal de contas, quem é que vai passar a mão na cabeça do governador? O poderoso bandido transportado é Rogério Mattos, o famoso Batman, grande assaltante de banco no Sul do país, bem conhecido no Paraná. Reze-se a Deus para que Batman, mesmo preso, não exija indicar o novo secretário de Justiça. Ou manter o atual que lhe tem sido muito generoso.

Fonte: Portal AZ 

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