Alunos satirizam situação Uespi com a peça: “O dia em que a Uespi parou”

Nesta quinta-feira (28) o Campus professor Alexandre Alves de Oliveira, da Uespi /Parnaíba, promoveu  o espetáculo teatral denominado “O dia em que a Uespi parou” com direção do professor Dr. Idelmar Cavalcante, que coordena o Grupo de Teatro Universitário – TUESPI.

A Peça trata de uma sátira sobre as dificuldades pelas quais a Universidade tem passado que culminaram com a greve de professores e estudantes.

Ildemar Cavalcante, professor do curso de história falou que a peça é também uma  contribuição com o movimento que está acontecendo dentro da Universidade. “Fizemos uma peça com humor e comédia, mas estamos fazendo  política sem partido e uma forma de colocar as pessoas para pensarem. E nada melhor do que a comédia que desamar as pessoas e depois fazermos elas pensarem”.

Após o espetáculo ele conversou sobre a situação atual de como a UESPI funciona hoje. “A universidade está funcionando no mínimo do mínimo, daquilo que uma Universidade precisa realmente funcionar de forma adequada. Se descer um pouco mais vira uma escola, infelizmente. Quando se pensa em Universidade funcionando de forma integral  tem que funcionar a pesquisa, a extensão, além do ensino. Nossos alunos com bolsa científica, com bolsa de monitoria, enfim, essa é a universidade que queremos ver. Uma universidade vibrante e pulsante com ensino, pesquisa e extensão. Tudo está sendo tirado da gente, quer dizer, vem sendo tirado há muito tempo”.

A aluna Evelyn Castro, 6º período de história, relata as dificuldades do Campus, com a falta de professores e estrutura. “Nós de todos os cursos estamos apoiando o movimento porque a questão da UESPI não é problema só no Campus de Parnaíba. Tem outros Campus menores como Oeiras e Floriano que estão passando por dificuldades maiores”.

Evelyn Castro  disse também que a falta de professores e a precarização neste sentido faz com que a instituição ganhe notas ruins no MEC  e com isso corre o risco de fechar os cursos. “ Sem  falar da falta de estrutura do nosso Campus. Outro problema sério são os nossos funcionários terceirizados  que estão trabalhando há  5 meses sem receber. A nossa luta é conjunta. Com a greve estamos fazendo campanha e movimentos na rua para que os olhos se voltem para UESPI para que cheguem nas autoridades e elas façam alguma coisa”.

O professor Ildemar Cavalcante finalizou afirmando que o movimento grevista já fez efeito. “Quase duas semanas de greve já  conseguimos para a próxima semana uma audiência com o  governador”.

Texto e Fotos: Camila Neto/Blog do Bsilva