20 de fev. de 2019

Valdeci Cavalcante presta homenagem ao ministro Reis Veloso


O vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac no Piauí, Valdeci Cavalcante, cancelou sua agenda nesta quarta-feira (20), para prestar sua última homenagem ao amigo e conterrâneo, o ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso, falecido na manhã de ontem. Ele compareceu ao velório do ex-ministro, no Rio de Janeiro, e prestou condolências à esposa, Izabel Velloso e seus filhos.  
Valdeci Cavalcante lembrou que em maio de 2015 o Sesc prestou homenagem ao ministro com a denominação do maior Centro Cultural do Piauí – a antiga União Caixeiral, no centro de Parnaíba, onde o próprio Reis Veloso havia concluído o curso Técnico de Comércio. Foi uma das solenidades mais concorridas do Estado com a presença de diversas autoridades políticas e sociais do Piauí, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.  
“Nós temos a prática de prestar homenagens às pessoas em vida. É uma forma de reconhecer o legado dessas pessoas que nos honram com suas história e suas contribuições para a sociedade”, acentua Valdeci Cavalcante. Ele lembrou que Sistema Fecomércio tem a tradição de homenagear empreendedores piauienses com a denominação de suas unidades no Estado.
João Paulo dos Reis Veloso era natural de Parnaíba (PI). Foi ministro do Planejamento por dez anos e um dos responsáveis pela criação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Piauí emitiu uma nota de pesar pelo falecimento do ex-ministro. As bandeiras das unidades do Sesc e do Senac no Piauí foram colocadas a meio mastro em ação de pesar pela perda do ilustre parnaibano.

Sobre João Paulo dos Reis Velloso
João Paulo dos Reis Veloso nasceu em Par­naíba (PI) no dia 12 de julho de 1931, filho de Francisco Augusto de Castro Veloso e de Maria Antonieta Torres Veloso.  Seu pai era funcionário dos Correios e Telégrafos e sua mãe, costureira.
Fez seus primeiros estudos em sua cidade natal, tendo cursado o secundário no Colé­gio São Luís Gonzaga.  Também em Parnaíba fez o curso técnico de comércio na Escola Técnica de Comércio da União Caixeiral.

Entre os anos de 1947 e 1949 trabalhou na empresa Morais e em 1950 exerceu o magis­tério.  Nesse último ano participou no Piauí da campanha do brigadeiro Eduardo Gomes, can­didato da União Democrática Nacional (UDN) à presidência da República, derrotado por Ge­túlio Vargas nas eleições de outubro.
Em março de 1951 transferiu-se para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal, tornan­do-se secretário do deputado federal Jorge Lacerda, da UDN de Santa Catarina, função que exerceu até o ano seguinte.  Ainda em 1952 foi admitido no Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI), como escri­turário e oficial de administração.  Durante sua breve carreira no IAPI, exerceu ainda cargos de confiança, primeiro como assistente e depois como secretário da presidência.  Em 1955 deixou esse instituto, ingressando por concurso em outubro desse mesmo ano no Banco do Brasil , em São Paulo, também como escriturário.  Ainda em São Paulo, iniciou o curso de economia na Fundação Álvares Pen­teado em 1957.

No ano seguinte foi transferido para o Rio como assessor da presidência do Banco do Brasil, continuando o curso de economia na atual Universidade do Estado do Rio de Janei­ro (UERJ).  Em maio de 1960, logo após a inauguração da nova capital, transferiu-se para Brasília, ainda como assessor.  Terminou o cur­so de economia no Rio nesse mesmo ano e deixou Brasília em janeiro de 1961.  De volta ao Rio, já no governo de João Goulart, foi designado em setembro para servir no gabine­te do ministro da Fazenda, Válter Moreira Sa­les.  Realizou também cursos de pós-graduação em economia, o primeiro ainda em 1961 no Conselho Nacional de Economia, e o segundo em 1962 no Centro de Aperfeiçoamento de Economistas, atual Escola de Pós-Graduação em Economia, da Fundação Getúlio Vargas.  Em setembro de 1962 foi para a Universidade de Yale, em New Haven (EUA), onde perma­neceu até maio de 1964, obtendo o título de mestre em economia.  De volta ao Brasil, em julho, já no governo do marechal Humberto Castelo Branco - instalado com o movimento político-militar de 31 de março de 1964, que depôs João Goulart -, foi incumbido pelo mi­nistro do Planejamento Roberto Campos de organizar o Escritório de Pesquisa Econômica e Social Aplicada (EPEA) atual Instituto de Planejamento Econômico e Social (IPEA) -, exercendo a chefia da instituição até 1968.
Em abril desse último ano, no governo do marechal Artur da Costa e Silva, quando Hélio Beltrão era ministro do Planejamento, Reis Veloso foi empossado no cargo, recentemente criado, de secretário-geral da pasta.  De 1968 a 1969 integrou também o Conselho Federal de Educação (CFE) e o Conselho Na­cional de Pesquisas (CNPq).

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