Li nas redes sociais uma nota de repúdio de uma torcida organizada contra um fulano de tal que teria falado mentiras a respeito da direção de um clube de futebol local. Até aí, tudo bem. Mas, há uma citação totalmente fora de contexto, ao dizer que o citado fulano de tal era um opositor 'fascista'. Isso ocorre por conta da banalização do termo.
Quer dizer que ele fez um fuxico e virou fascista? Como assim?
Não confunda fascismo com cinismo. Ou melhor, fascista com fuxiqueiro.
Ele seria um fascista se fosse, por exemplo, o mandatário de uma estrutura de poder que tentasse, a todo preço, sufocar o direito de expressão dos integrantes da torcida organizada, ou que, ainda, prejudicasse o pleno funcionamento do clube, usando, inclusive, de meios de força repressora. Não devemos dizer que o fuxiqueiro da nota de repúdio é um fascista, porque o que ele fez não se enquadra como tal. Fuxico é fuxico, e pronto. Alias, o fascismo não criou a mentira. Ela existe há milênios. Então mentir não é sinônimo de fascismo. Menos! Ser fascista é outra coisa.
Se todo mundo que fizer fuxico começar a ser chamado de fascista, o Mussolini vai se revirar no túmulo.
Por Ribamar Aragão
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