Mais uma vez ouvimos um caso de total descaso com a vida humana no Hospital do Dirceu que levou a jovem Flávia de Souza Bezerra, perder seu bebê. Ela contou para nossa reportagem que buscou atendimento de urgência do HOSPITAL ESTADUAL DIRCEU ARCOVERDE, pois estava com 39 semanas de gestação e uma crise de hipoglicemia, dores de cabeça e dores no baixo ventre, ela é diabética tipo 1.
“Estive no hospital do Dirceu no dia 07 de dezembro, às 17h, o obstetra que estava de plantão, realizou a consulta e me encaminhou para o ultrassom. O médico que fez o exame, já me alertou que precisaria de uma cirurgia de urgência pois o bebê tinha macrossomia fetal (que é estar muito grande) e provavelmente não conseguiria ter normal, assim já ficaria logo internada devido a situação. Ocorre que ao voltar para o obstetra plantonista, este mesmo sabendo do meu caso me orientou a voltar para casa e se não me sentisse bem, retornasse ao atendimento no Dirceu, que era o mais indicado que a maternidade, para atender a minha situação. No final da noite, quase 23h, do mesmo dia, voltei ao hospital sentindo as dores das contrações, lá ainda estava o mesmo médico de plantão. Ele parecia aborrecido em me atender, fez o exame de toque e que disse que não era trabalho de parto e me mandou novamente para casa. Falei que estava sentindo muita dor e ele disse que era contrações de treinamento que iria sentir por muito tempo ainda, e ainda disse pra eu não voltar com qualquer dorzinha para o hospital. Passei a madrugada sentindo muitas dores, eu e meu marido ficamos conferindo o tempo de contrações, como foi a orientação do obstetra. Já quase 7h da manhã, do dia 08 de dezembro, fui para a maternidade, pois já não queria voltar para o Dirceu, a médica que me recebeu encaminhou logo para o parto, mas na segunda ultrassom para ver a posição do meu filho antes da cirurgia, e em menos de 24 horas, da primeira, o meu bebê já não tinha mais batimentos cardíacos. Eu e meu marido ficamos sem chão, está sendo difícil lidar com a perda, foi uma situação que podia ter sido evitada se eu tivesse tido o atendimento correto e feito a cesariana. Nossa ficha ainda não caiu.”
Casos como este são recorrentes no HEDA e nenhuma atitude é tomada. De quem é a culpa?
ESCLARECIMENTO DO HEDA SOBRE O CASO
ESCLARECIMENTO DO HEDA SOBRE O CASO
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