15 de fev. de 2019

Coredepi deixa para Parnaíba dívida de mais de 1 milhão de reais

Em entrevista concedida nesta quinta-feira (14) a TV Costa Norte, o procurador da Agência Parnaibana de Regulação de Serviços Públicos (Aserpa), Lisandro Ayres, explicou os reais motivos da saída do município de Parnaíba do Consórcio Regional de Desenvolvimento da Planície Litorânea (Coredepi). De acordo com ele, ao invés de contribuir com o desenvolvimento da cidade, o Consórcio deixou uma dívida de mais de 1 milhão de reais para os cofres públicos do município.

“Foram alugadas num valor altíssimo salas no Dunnas Shopping para o Coredepi. Só de aluguel o município contraiu quase 1 milhão de reais de endividamento. O Consórcio foi criado com a finalidade de construir o Aterro Sanitário de Parnaíba, sendo que nem com a junção de todos os municípios da Planície Litorânea, isso seria possível. Para se ter uma ideia, um aterro de grande porte custa meio bilhão de reais, um de médio porte, 260 milhões de reais e um de pequeno porte, 53 milhões. Ou seja, juntando a contribuição de todos estes municípios que compõem o Consórcio, daria 30 mil reais por mês. Não dava nem para custear os aluguéis que foram feitos no Dunnas Shopping, no valor de 60 mil mensais”, explanou.

Diante da situação, o município passou a responder a Justiça por causa deste endividamento. “O Coredepi somente trouxe dívidas para Parnaíba. Por isso, de forma sensata o prefeito Mão Santa decidiu pela saída”, completou Ayres.

Em relação a confusão que vereadores da base governista do PT armaram na tentativa de fazer uma falsa associação entre o Coredepi e o tratamento do câncer na região, Lisandro desmentiu tais boatos.

“Os pacientes oncológicos, bem como seus familiares podem ficar absolutamente tranquilos quanto a isso. Não há nenhuma vinculação do tratamento oncológico com a saída de Parnaíba do Coredepi. Tentaram fazer essa associação de forma irresponsável, pois na implantação do tratamento contra o câncer na cidade não há nenhuma ingerência nisso. Coube aos diretores da Clínica João Silva Filho e do Hospital Marques Basto, se cadastrarem junto ao Ministério da Saúde para trazerem o serviço pra cidade. São hospitais particulares e não ouve ingerência da Prefeitura nem pra entrar, nem para por ventura sair. E mais: de forma alguma o prefeito Mão Santa teria a intenção de prejudicar esse serviço tão essencial para o município, pois ele é médico e um grande defensor da vida. Vale ressaltar que os únicos que poderiam retirar a Unacom de Parnaíba seriam os próprios diretores das clínicas”, afirmou o procurador.


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