Por: Cláudia Brandão
Certas coisas são difíceis de explicar. O Piauí vive uma crise de segurança sem precedentes, com a violência explodindo em cada esquina da capital e do interior do Estado, mas o governo decide que pode se dar ao luxo de abrir mão do baixo contingente policial de que dispõe para socorrer o vizinho estado do Ceará, que sofre uma série de ataques violentos há cinco dias. O governo comunicou, orgulhoso, que enviou reforço policial, acompanhado de armas e viaturas para ajudar os cearenses.
Até mesmo o comando da Polícia Militar já reconheceu que o Piauí está com déficit de pessoal. A corporação conta com cerca de 6 mil policiais, quando seriam necessários pelo menos 11 mil para garantir a segurança nas ruas. Isso sem falar nos PMs que se encontram à disposição dos órgãos públicos.
A falta de estrutura da polícia, tanto no que diz respeito aos recursos humanos, quanto à viaturas, armas, munição, é notória. O cidadão que paga seus impostos sente-se completamente desprotegido. Diariamente, nos deparamos com assassinatos, assaltos, latrocínios, roubo de carros e outras formas de violência, que acontecem à luz do dia e mesmo nas avenidas mais movimentadas de Teresina. Sem falar nos assaltos a bancos que se multiplicam pelo interior do Estado.
Diante deste quadro, como justificar a retirada dos já pouco policiais de que dispomos para dar suporte ao Ceará. Ora, o Piauí já está é precisando de ajuda, pois não está sabendo lidar com a ação descarada dos bandidos. Se com o pouco policiamento de que dispúnhamos, já não estava sendo possível garantir a tranquilidade nas ruas, agora é que a coisa vai piorar de vez.
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