O deputado federal Jean Wyllys (PSOL) que iria assumir seu terceiro mandato como deputado federal pelo Rio de Janeiro, disse em entrevista exclusiva para o jornal Folha de São Paulo que vai desistir da sua vaga de parlamentar e que deixará o Brasil para se dedicar à carreira acadêmica no exterior.
Wyllys é um ex-participante do Big Brother Brasil, foi o vencedor da edição que participou e protagonizou várias polêmicas, como cuspir em Bolsonaro na votação do impeachment de Dilma. Ele afirma que recebeu várias ameaças durante seu mandato.
Ele afirmou que essa não foi uma decisão fácil e que implicou em muita dor, pois vai ter que se afastar de pessoas que gosta, como familiares e amigos.
Jean está de férias em um local que não quis revelar e disse que desde o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, que era do seu partido, vive sob escolta policial. "Eu não quero ser mártir. Eu quero viver", afirmou.
Na entrevista ele diz que outro ponto que pesou foi a informação de que familiares do ex-PM suspeito de chefiar milícia que teria matado Marielle trabalharam no gabinete do senador eleito Flávio Bolsonaro quando ele era deputado estadual.
Wyllys diz está apavorado ao saber que o filho do presidente contratou no seu gabinete a esposa e a mãe do suspeito. Também falou que o atual presidente sempre o difamou, que torna sua permanência no Brasil inviável.
Jean postou a entrevista nas redes sociais e recebeu várias mensagens que lamentaram a decisão, mas também de apoio. "Parabéns bela escolha nação brasileira agradece. Não volte atrás", disse um internauta e "Meu presidente é bom mesmo, só notícias boas nesse início de ano", completou outra.
Fonte: 180graus
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