Um vídeo feito por funcionários da Maternidade Dona Evangelina Rosa e divulgado nesta sexta-feira (7) mostra goteiras alagando um laboratório no local. Por causa desse tipo de problema e de outros, o Ministério Público Federal fez uma longa vistoria na Maternidade hoje. Além disso, a equipe da TV Cidade Verde esteve na Maternidade pela manhã e recebeu denúncias de pacientes que reforçam a necessidade de implementação de melhorias.
A ideia da inspeção é traçar um plano de ação que venha a resolver as várias irregularidades encontradas, como em infraestrutura, escalas de quadro de pessoal e falta de medicamentos e insumos. A vistoria foi realizada pelo Centro Judiciário de Conciliação e Políticas Públicas da Justiça Federal. Outro ponto problemático diz respeito ao aumento no número de mortes de bebês, que dobrou de setembro para o mês de outubro. A fiscalização foi baseada em uma ação civil pública movida pelos Ministérios Públicos Estadual e Federal.
“O pedido de liminar é para cessar o desabastecimento da Evangelina, fixando multas aos gestores, tanto ao secretário estadual, quanto ao diretor, no caso de falta de medicamentos e insumos e regularizar o quadro de pessoal, já que as escalas médicas, de enfermagem e de outros profissionais estão em abertos em vários dias”, elencou Karla Carvalho, promotora de Justiça.
O superintendente hospitalar da Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi), Aderico Tavares, diz que o governo está trabalhando para resolver todas as questões. “A gente deu mais celeridade aos processos de conclusão de licitações, questões dos insumos, questão da totalização do parcelamento das dívidas com os fornecedores e a quitação. “Houve uma melhoria muito grande, uma certeza dos fornecedores e estão sendo repostos os estoques e a credibilidade junto a corpo clínico desta Casa”.
Denúncias
Isso somado a outros problemas, acabou culminando na interdição ética da Maternidade decretada pelo Conselho Regional de Medicina no mês de novembro. Apesar disso e da diminuição do atendimento, já que apenas os casos de alta complexidade estão chegando à Maternidade - o que fez reduzir a superlotação – ainda assim duas semanas depois pacientes continuam a fazer denúncias graves.
Isso somado a outros problemas, acabou culminando na interdição ética da Maternidade decretada pelo Conselho Regional de Medicina no mês de novembro. Apesar disso e da diminuição do atendimento, já que apenas os casos de alta complexidade estão chegando à Maternidade - o que fez reduzir a superlotação – ainda assim duas semanas depois pacientes continuam a fazer denúncias graves.
Um vídeo gravado por profissionais da Evangelina Rosa mostra muitas goteiras escoando por todo o teto, inclusive saindo pelas lâmpadas, e alagando um laboratório da MDER, depois de fortes chuvas ocorridas na capital.
A puerpéria Lílian Jordana Xavier falou que estava apavorada com medo de perder o segundo bebê na MDER. “Meu filho está aqui (na Maternidade), todo sujo e eles não deixam eu sair daqui. Eu não vou ficar aqui para o meu filho morrer aqui não, porque eu já estou com dois já. Estou com óbito do meu filho que morreu o ano passado aqui e eles não deixam eu sair daqui. Eu não vou ficar aqui nesse hospital não, cheio de bactéria”, falou muito emocionada.
A Direção do Hospital, através da assessoria, reconheceu o problema das goteiras, mas disse que o reparo já está previsto no processo de reforma que deve começar na próxima semana. Quanto à reclamação da mãe que teme perder o segundo filho, a assessoria garante que não há nenhum registro de entrada de Lilian no ano passado na Evangelina Rosa
Lyza Freitas
redacao@cidadeverde.com
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