28 de dez. de 2018

Vereador Carlson Pessoa concede entrevista na Rádio Cidade sobre Plano Municipal de Saneamento Básico

Na tarde desta quinta-feira (27), o vereador Carlson Pessoa (PPS) concedeu uma entrevista aos jornalistas Kairo Amaral e Tiago Mendes, na Rádio Cidade FM, sobre a polêmica gerada em torno da votação do Plano Municipal de Saneamento Básico e Resíduos Sólidos (PMSB), que ocorrerá na noite desta sexta-feira (28), na Câmara Municipal.

No início da entrevista, o parlamentar e líder do governo municipal disse que a principal preocupação do governo é aprovar o Projeto de Lei (PL) de N° 11,455/07, para que o município possa estar apto a recursos nas áreas de água, esgoto, drenagem (problemas com águas de chuva) e resíduos. Carlson esclareceu que o PL não trata da privatização da Companhia de Águas e Esgotos do Piauí (Agespisa), como grupos partidários ao Governo do Estado tem tentado associar o projeto. No entanto, em relação a privatização da Agespisa, ele disse que tal fato não seria incomum, sendo que o governador Wellington Dias (PT) e o deputado Assis Carvalho, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no Piauí, foram os grandes artífices da privatização da empresa em Teresina.

“Porque em Teresina eles foram a favor da privatização da Agespisa e em Parnaíba são terminantemente contra? Existe uma enorme controvérsia nesta questão”, disse o vereador.

Ainda em relação a Agespisa, Carlson esclareceu que no projeto há um ponto que refere-se a municipalização e não a privatização, questões amplamente diferentes. Ele foi categórico ao dizer que é “inconcebível Parnaíba arrecadar quase três milhões de reais e a população não ter o devido retorno com serviços de fornecimento de água de qualidade. Temos água com turbidez em alto grau. Conforme laudo do laboratório Lacém, 75% da água que consumimos é contaminada. Isto está relatado em ata no Ministério Público, por isso, a grande preocupação do prefeito Mão Santa em tratar deste assunto”, ressaltou Carlson ao disparar que durante anos o problema foi ignorado devido o fato de os ex-prefeitos serem aliado ao PT.

Questionado sobre a capacidade de a gestão local conseguir lidar com uma possível municipalização, Carlson disse que o projeto em si não diz respeito ao assunto. No entanto, caso isto venha a ocorrer, o município, que é altamente lucrativo para a Agespisa, poderia perfeitamente gerir os serviços. Ele citou exemplos de cidades piauienses onde a municipalização já existe, como Oeiras e Campo Maior.

“Não entendo tamanha polêmica. Em cidades bem menores como Oeiras e Campo Maior, são as prefeituras que administram os serviços de fornecimento de água e saneamento básico. porque em Parnaíba, que dá lucro, não daria certo?”, indagou.

Carlson falou também do sofrimento dos moradores da zona rural, como do KM 16, que há anos amargam sem água nas torneiras e tendo que depender unicamente de carros pipas. “Na transição do governo eu cheguei a pagar carro pipa porque tinha gente morrendo de sede, sem uma gota d’água em casa. Este PL foi sancionado em 2010 e os governos passados nunca se preocuparam em aprová-lo, deixando população ‘sofrer á míngua’. A Agespisa não cumpre o contrato com o município de Parnaíba, que é fornecer um serviço de qualidade para a população”, finalizou.


Por Luzia Paula

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