O diretor da polícia técnico-científica do Piauí, Antonio Nunes, negou que cadáveres estejam apodrecendo no Instituto Médico Legal de Parnaíba. A informação divulgada nas redes sociais pelo Sindicato dos Policiais Civis (Sinpolpi) é que o problema estaria nas câmaras frias do local. Segundo Nunes, a notícia estaria visando “desestabilizar a gestão de Polícia técnico-científica local”.
O diretor de Polícia Técnico-científica da Polícia Civil do Piauí, Antonio Nunes (Foto: Divulgação)
“Não sabemos o porquê de tais notícias serem recorrentes em algumas mídias, certamente havendo pessoas que querem desestabilizar a gestão de polícia técnico-científica local que, na verdade, ao longo dessa administração, teve inúmeros avanços em Parnaíba”, disparou o diretor.
“Na verdade, além de termos câmara fria, ainda temos a retaguarda de Teresina, onde existem doze câmara frias (ou seja, na hipóteses de ocorrerem defeitos, os cadáveres podem ser enviados de forma imediata para lá, não havendo motivos para essas afirmações)”, acrescentou Nunes.
O pronunciamento foi feito através de nota compartilhada pela assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública em grupo de WhatsApp administrado de pelo Sindicato dos Policiais Civis (Sinpolpi).
No documento, divulgado nesta segunda-feira (17), Antonio Nunes afirma ainda que as “informações falsas” surgiram em um blog de Parnaíba, o qual não citou o nome. “Não sabemos de quem partiu tal municiamento de informações falsas para o blog de Parnaíba e para outros portais do Piauí”, disse.
Ouvido pelo Portal AZ, o presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior, rebateu as afirmações do diretor. O presidente garantiu que as câmaras frias do IML de Parnaíba não estão funcionando, ao contrário do que disse Nunes.
“As câmaras estão paradas há tanto tempo que estão criando teia de aranha. Acho que esse discurso não convence mais a população. Só temos dois IMLs no estado do Piauí, um em Teresina e outro em Parnaíba, e os dois funcionam de forma precária, mas o de Parnaíba está em situação pior”, denunciou Constantino.
O presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior (Foto: Divulgação)
Os problemas do local se estendem também à questão do processo de identificação dos corpos, acrescentou o presidente. “Neste final de semana em específico foram duas pessoas que vieram a óbito e não tiveram a identificação; os corpos ficaram lá expostos por mais de 50 horas e quem estava trabalhando lá no plantão de domingo para segunda viveu uma situação caótica”, contou.
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