MPPI ofereceu denúncia contra nove pessoas após terceira fase da Operação Escamoteamento; desvios em Buriti dos Lopes ultrapassam R$ 5,3 mi.
Nove pessoas foram denunciadas pelas práticas de crimes de fraude às licitações, organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva no município de Buriti dos Lopes, localizado na região norte do Piauí. As duas denúncias, que são desdobramentos da Operação Escamoteamento, foram apresentadas pelo Grupo de Atuação Especial ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Promotoria de Justiça de Cocal, órgãos do Ministério Público do Estado.
De acordo com o MPPI, a prefeitura de Buriti dos Lopes efetivou contratações de empresas sediadas no Ceará, com transferências de altos valores para execução das obras, mesmo as empresas contratadas não tendo capacidades para executar os serviços. A prefeitura do município simulava concorrências para dar aparência de legalidade às licitações, no qual as empresas escolhidas sempre saiam vencedoras, afirma o MPPI. Além disto, alguns dos sócios das empresas já tinham sido presos durante a Operação Província II, em 2011.
O Ministério Público do Piauí requereu ao Poder Judiciário que seja decretado perda de produto e proveito do crime, que somado chega a um montante de mais de R$ 5,3 milhões para todos os denunciados. O dano mínimo a ser revertido em favor do município de Buriti dos Lopes pode chegar a mais de R$ 10,6 milhões, correspondente ao dobro dos valores desviados.
A Polícia Rodoviária Federal, o Tribunal de Contas da União, o Tribunal de Contas do Piauí, a Controladoria Geral da União e a Polícia Civil também participaram da Operação Escamoteamento, deflagrada em abril de 2017, cujo terceira fase teve início em agosto deste ano.
Anexos:
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Edição: José Wilson | Jornal da Parnaíba
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