Por: Arimatéia Azevedo
A situação calamitosa em que se encontra a maternidade Evangelina Rosa, em Teresina, a ponto de ter sido parcialmente interditada, é o retrato da ação política nefasta num órgão que se destina a amparar pessoas sobretudo necessitadas e fragilizadas.
Uma maternidade que despreza os cuidados básicos para com crianças recém-nascidas e suas mães, só podia ter esse fim: ser interditada, pela incapacidade de gestão. Ao longo dos anos transformaram a Evangelina Rosa num grande balcão de negócios, apesar de ser um órgão público. Tudo por conta das indicações de gerenciamento politiqueiras, como a mais recente, onde aboletaram um ‘gestor’ que, apesar de ostentar o título de médico, estava mais afeito à política miúda do jeito que fazia no seu município.
Prosaico, lá se registram verdadeiros negócios como se fosse um estabelecimento privado, que mereceriam uma ampla investigação policial. A parturiente chega e se obrigar a pagar pelo apartamento e pelos serviços de parto, que deveriam ser gratuitos. Uma pena que milhares de mortes foram registradas quando deveriam ter sido evitadas, num cenário chocante, que chega a transformar a maternidade em um verdadeiro matadouro.
Nessa casa de saúde, construída há mais de 40 anos, a excepcionalidade de um óbito neonatal virou rotina e, aos olhos dos agentes públicos, se tornou banal, infelizmente. É preciso que se aponte responsabilidades. Já que o Conselho Regional de Medicina (CRM) e a Polícia Federal entraram no caso, devem apontar e divulgar os nomes dos responsáveis. Lamentavelmente, de hospital escola a Maternidade Evangelina Rosa se transformou em tudo aquilo que o residente médico não precisa para a sua vida profissional futura.
Portal AZ
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